Foi Louro quem, depois da coletiva, em entrevistas a algumas emissoras de TV, confirmou a lista de dispensas com cinco jogadores. À tarde, ainda em caráter extra-oficial, ela aumentou para seis. Ontem, Luiz Omar Pinheiro, bem a seu estilo, detonou o vazamento da informação.
"O Paysandu tem um desencontro de informações que vou te falar. Se tivesse mais tempo no Paysandu ia aconselhar todos meus diretores a ingressarem na Maçonaria para ver se aprendem a ficar calados. O problema é que falam demais, coisas que conversamos entre a gente é para ficar entre a gente, e não sair falando. Depois o presidente tem que dar satisfação. Conversamos que seria interessante enxugar o elenco porque a folha está alta, mas foi apenas uma conversa. Cinco dias a mais ou a menos não ia alterar nada. Aí, o idiota que fala essas porcarias, tem que engolir em seco", disse.
Na mesma entrevista o presidente confirmou que os salários estejam atrasados, mas deu a entender que os jogadores vêm recebendo vales para amenizar o problema. "Em momento algum disse que não estão com salários atrasados, dois meses. Mas mês passado eles receberam um mês e vamos tentar pagar mais um na sexta-feira. Aqui todo mês sai dinheiro, ninguém fica sem receber nada."
Pinheiro admitiu que foi feito um pedido de ajuda financeira à CBF e que ele ocorreu antes mesmo do começo da Série C e que, até agora, nenhuma resposta foi dada. A intenção dele é aproveitar a estada de Ricardo Teixeira em Belém para o amistoso da seleção dia 28 para reforçar esse pedido, inclusive - assim como planeja o Clube do Remo -, de alguma forma dar-lhe agrados.
"Não temos mais de onde tirar dinheiro para manter o plantel. Contávamos com uma receita entre R$ 800 mil a R$ 900 mil nesses jogos em Belém e não tiramos nem R$ 300 mil. Recorremos a CBF no começo do campeonato, não agora, e estamos esperando essa resposta", disse. "Quando o presidente (Teixeira) vier aqui vamos conversar com ele. Dependendo da disponibilidade vamos ter uma happy hour na sede para homenageá-lo com um título de sócio o Paysandu. Vamos ver se conseguimos comovê-lo e ajudar o futebol paraense", completou Pinheiro.
Situação de alguns jogadores continua indefinida no clube
Por mais que o presidente do Paysandu tenha negado que haja uma lista oficial de jogadores dispensados (ver matéria), os cinco que estariam em disponibilidade continuaram sem treinar ontem. Destes, o lateral esquerdo Jean e os zagueiros Jorge Felipe e Diguinho não teriam aceitado o retorno ao elenco e pediram para sair do clube. O também zagueiro Ari e o volante Charles Vagner continuam longe dos treinos e em situações indefinidas.
Leandro Camilo admitiu que a campanha contribuiu para o clima pesado e que só a classificação mudará esse panorama. "Esse jogo deixou o clima complicado. Nós temos que pensar na nossa partida e fazer nossa parte. Depois vamos ver quanto ficou o outro jogo. Teremos que começar bem. A primeira dividida tem que ser nossa porque não está nada fácil".
Amazônia Jornal
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