A relação da família com o Paysandu é algo que lembra como algo importante para a escolha profissional que fez. "Minha família é quase toda bicolor. Sei que vai torcer para mim, mas não sei se contra o Remo (risos)", brinca o jogador, que só lamenta ter chegado um pouco tarde para que duas referências de sua vida o vissem com a camisa do Papão. "Sempre pensei, sim. Desde minha saída, meu pai falava que queria me ver jogando aqui, em Belém. Como saí muito cedo, sempre fiquei com isso na cabeça, ainda mais sempre acompanhando o futebol paraense. Senti essa falta de ver meus familiares me vendo jogador, o pessoal do Telégrafo, meu bairro", disse.
"Com essas perdas recentes, essa ideia ficou à flor da pele. Meu avô jogou muito tempo na Tuna, mas era Paysandu fanático, sempre vinha a campo. Meu pai sempre me incentivou na carreira. Então, para mim, a chegada ao Paysandu é uma satisfação muito grande. Abri mão de muitas coisas para voltar a Belém e tenho certeza de que foi a coisa certa o que fiz", completou o meia.
Mas Harison garante que essa volta não tem interesse apenas em cumprir promessas pessoais, e sim também com um olho numa retomada bicolor e com ela poder inscrever o nome na história do clube, depois de três anos morrendo na praia com o acesso para a Segunda Divisão fugindo sempre por uma partida. O meia diz que chegou o momento de o time bicolor dar o passo que falta para subir para a Série B.
"Eu acho que está na hora de dar uma reviravolta aqui. Eu vim para isso. Só queria vir para cá com algumas condições para ajudar", afirmou. "Queria vir para dar alguma coisa ao Paysandu e ainda com vigor físico. Não queria vir com 35, 36 anos. Tenho contrato até o final do ano e meu objetivo é colocar o clube aonde ele merece estar, primeiramente conquistar o título do Campeonato Paraense e depois ir para uma Série C. O campeonato ficou mais difícil e competitivo. É quase igual das Séries A e B, mas com finais. Se não tiver organização é perigo até de acontecer uma coisa pior. Se tivermos os pés no chão e seriedade, podemos ir longe", analisou Harison.
Amazônia Jornal
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