O Paysandu vive, de duas semanas para cá, dias de paz e tranquilidade, coisa que ainda não havia tido desde o início dessa temporada. A troca repentina de técnico, às vésperas da semifinal, foi vista como a gota d’água no oceano de fatos negativos que abateu o clube alviceleste. Mas aconteceu o contrário. Entrou em campo o “interino” Charles Guerreiro, que também poderia ser apelidado de “Charles Bombeiro”, tamanha a capacidade que tem de apagar incêndios.
E as labaredas que ardiam na Curuzu eram tidas como difíceis de eliminar. Entretanto, o extintor do calmo técnico do Papão vem dando conta do recado e ele segue firme e forte no comando do time, logo mais, no Mangueirão. “Eu tenho uma coisa muito boa comigo, de unir o grupo, de passar as coisas boas. É a segunda vez que aqui no Paysandu a gente consegue reverter essa situação. Eu mostrei ao grupo que ele tem condição de dar a volta por cima, é forte”, explica, sobre como conseguiu fazer de sua “corporação”, um “batalhão” mais confiável.
O fato de ser lembrado apenas em situações de emergência, não desanima o “bombeiro” Charles, que diz encarar isso com bom humor e felicidade. “Estou no Paysandu, por duas vezes, mostrando a força do meu trabalho, estou fazendo coisa boa, e isso é bom, pois o dia que sair do clube vou deixar saudade”, afirma.
Se teme um possível revés no clássico de hoje, o que pode lhe queimar o cargo de técnico, Guerreiro se mostra otimista sobre o desempenho de seus alunos. “Não pode ser diferente, o grupo mostrou que tem condições. Ou faz mais, ou igual. Menos não pode fazer”, promete, deixando claro que para o próximo turno já tem seu planejamento. “Dá para manter esse ritmo, mas não ganhamos nada ainda não é?”, pontua, como quem espera o momento certo de tocar a sirene e preparar a corporação para o combate final.
Diario do Pará
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