A torcida do Paysandu já chegou a liderar o ranking de público nos estádios de todo o Brasil. Em 2002, quando o clube voltou a disputar o Campeonato Brasileiro da série A, o Papão foi líder de público da competição, com média de 23.242 torcedores por partida, superando inclusive Flamengo e Corinthians, equipes que concentram as duas maiores torcidas do país. Em 2003, a torcida alvi-celeste voltou a fazer bonito. Os bicolores não conseguiram se manter na ponta da tabela, mas o Paysandu ficou em terceiro lugar, com média de 14.559 expectadores. No ano seguinte, os bicolores subiram mais um degrau. Ao final do Brasileirão, o Papão ficou em segundo lugar, com uma média de 13.143 pessoas por jogo.
No momento, a realidade é outra, retrato das circunstâncias. O Paysandu não está mais na série A, vai lutar pelo quinto ano consecutivo para tentar sair da terceira divisão do futebol nacional e, quem sabe, voltar a ocupar o lugar mais alto do pódio no ranking das torcidas. Mas, para que isto ocorra, o time precisa fazer a sua parte dentro de campo, reconquistar a confiança do torcedor, a começar pelo certame estadual. A equipe de Sérgio Cosme precisa jogar muita bola, se quiser voltar a ser empurrada pelas milhares de vozes que sempre gritaram “É bicolor, é bicolor!” nas arquibancadas que, um dia, estiveram lotadas...
Torcedora fala em amadorismo
Descontentes com a atuação do comando técnico, do time e da diretoria do Paysandu, alguns torcedores decidiram cruzar os braços, deixar de apoiar o time, que até conquistou o primeiro turno do Campeonato Paraense 2011, mas fracassou na tarefa de obter o passaporte à terceira fase da Copa do Brasil.
O torcedor Flávio Júnior já nem encontra mais motivação para assistir às partidas. “Não aguento mais, mal assisto pela TV. Quando o time joga, eu fico usando o computador. Olho um pouco para a tela, mas parece que é sempre a mesma coisa. Qualquer torcedor escalaria o time melhor que o Sérgio Cosme”, dispara. Já Nicole Magalhães é outra bicolor que prometeu não ir mais aos jogos enquanto a direção do clube não promover mudanças, como, por exemplo, a troca da comissão técnica. Para ela, a conquista do título no Suriname não convenceu e as últimas atuações do time também não têm agradado aos torcedores. “O time fica desorganizado em campo, as substituições durante os jogos, geralmente, são erradas. O amadorismo é muito grande”, acusa.
A conquista da Taça Cidade de Belém, o primeiro turno, foi bastante festejada, sobretudo porque o rival, Remo, sequer chegou à decisão. Contudo, o acúmulo de problemas da equipe foi o suficiente para deixar a Fiel com ‘um pé atrás’, com uma equipe até o momento indigna de confiança.
‘Salgueiraço’ ainda dói bastante
O Paysandu até começou bem a temporada 2011. O time bicolor conquistou o Torneio de Paramaribo, em janeiro, derrotando o Clube do Remo na disputa final. Apesar do título, quando a delegação do bicampeão brasileiro chegou a Belém, a torcida não compareceu em grande número no jogo de estreia do time no Campeonato Paraense: pouco mais de 3.500 expectadores pagaram para assistir a vitória do Paysandu por 4 a 2 sobre o Castanhal, na Curuzu.
Na primeira partida diante da torcida, a impressão que a nação alviceleste teve do time não foi boa. Os torcedores viram um Papão cheio de erros, desarrumado taticamente, uma equipe com os setores desconectados e com a defesa confusa, motivos suficientes para afastar os bicolores do Leônidas Castro.
Aquele jogo contra o Castanhal, aliás, foi o primeiro contato do time com a torcida depois da trágica derrota para o Salgueiro, ano passado, em plena Curuzu lotada, resultado que adiou mais uma vez o sonho do Papão de voltar ao Campeonato Brasileiro da Série B.
Para o torcedor Sérgio Ferreira, além do trauma ainda deixado pelo ‘Salgueiraço’, a nação bicolor não tem comparecido aos jogos porque está desconfiada com o time, devido à manutenção da base do ano passado, além da contratação de reforços duvidosos. “Este é o quinto ano! Chega de ir bem no Parazão e manter a mesma equipe para o Brasileiro”, critica. “Em cinco anos, eles (diretores) não aprenderam a montar um time?”, questiona. Sérgio reclama ainda que a cada ano a situação é a mesma, por isso ele decidiu ficar em casa quando o time estiver jogando. “Não dá! Pelo menos eu não vou (ao estádio), não com este time”, revela, no entanto, sem culpar o time inteiro.
Diário do Pará
1 comentários:
Se ainda continuarmos aceitando o reporter da Radio Clube,fazer cobertura de nosso clube,NUNCA chegaremos ah Serie B;e campeonato deste ano tambem.Eh o maior azarento que ja pintou na Curuzu.Desde que chegou la, nunca mais levantamos a cabeça.Eh uma moleza no time que da pena.A equipe nao tem mais garra, e disposiçao para nada.Observem como o time eh travado.Parece que ha alguma coisa que impede a equipe de ir em frente,de lutar.Fica a merce do adversario.Urge providencias da torcida,senao senao.Esse eh o ano de subirmos,(91,2001...2011)mas como na matematica, um negativo ao lado do positivo,prevalece o negativo ...
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