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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

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GLOBOESPORTE.COM passou uma manhã ao lado dos familiares do lateral-direito do Paysandu e descobriu várias histórias do craque bicolor

Família é responsável pela ascensão de Pikachu
(Foto: Gustavo Pêna/GLOBOESPORTE.COM)
Pênalti para o Paysandu! O lateral-direito Yago Pikachu pega a bola e chama para si a responsabilidade de fazer mais um gol contra o Macaé, no primeiro jogo que valeu vaga ao Papão na Série B. Nas arquibancadas da Arena Verde, em Paragominas-PA, a mãe do jogador, Suzy Lisboa, prefere virar de costas e nem olhar o lance. Já o pai, Carlos Lisboa, atento, acredita que o filho não vai titubear. Pikachu chutou, o goleiro Fernando foi para um lado e a bola para o outro. Festa da torcida! Um lance que vai ficar marcado na carreira do paraense de 20 anos.
O apoio da família foi e ainda é essencial para que Yago Pikachu atingisse a maturidade necessária para saber lidar com a pressão de ser um dos jogadores mais importantes na campanha que garantiu o acesso do Paysandu. Por isso o GLOBOESPORTE.COM resolveu conhecer de perto os responsáveis pela ascensão do atleta, que a cada dia vai ganhando mais respeito e carinho por parte da torcida.
Yago Pikachu está morando provisoriamente em um apartamento com os pais e a irmã, Suelen Lisboa. A casa, localizada no bairro do Benguí, periferia de Belém, passa por reformas há cinco meses. Apesar do local ficar há mais de 12 km de distância do centro da capital paraense, a família não vê a hora de voltar para as raízes.
- Queremos muito voltar para o que é nosso. A gente conhece todo mundo. A rua onde moramos é tranquila, todo mundo se entende e mantém o respeito. Lá temos um laço grande de amizade. Foi o local onde Pikachu viveu desde os oito anos, cresceu ali – explica Carlos.

Pikachu e o pai, Carlos Lisboa
(Foto: Gustavo Pêna/GLOBOESPORTE.COM)
Pikachu deu o seu “primeiro lance” antes de nascer
A história de amizade entre Pikachu e o pai vem de berço, literalmente. Quando a mãe do lateral descobriu que estava grávida, Lisboa teve que trocar a carreira de jogador por um emprego que desse condições de criar o filho. O ex-ponta direita do time de juniores do Sport Belém resolveu apostar todas as fichas em Yago, traçando seus passos para o futebol profissional.
- O salário era pouco, só uma ajuda de custo. A minha esposa engravidou, as coisas foram apertando, e com filho pequeno tive que parar no futebol e procurar outras atividades. Quando soube que teria um filho homem, dei inicio nesse pensamento de colocar para ser jogador de futebol. Fui acompanhando em tudo, desde os primeiros chutes na Tuna, até hoje, no Paysandu – conta.






Apelido foi dado por descobridor de Paulo Henrique Ganso
Em 2000, ainda com oito anos, Yago já era atleta de futsal da Tuna Luso, onde ganhou do técnico Capitão o apelido de Pikachu. Para quem não lembra, Capitão foi o primeiro treinador do meia paraense Paulo Henrique Ganso, hoje no São Paulo. O ala confessa que no início não gostava de receber o nome do personagem de desenho animado, mas que hoje não imagina ser chamado de outra forma.

Pikachu e o personagem que lhe rendeu o apelido
(Foto: Gustavo Pêna/GLOBOESPORTE.COM)
- O capitão via os garotos chegando e já e colocava apelido. Sempre fui muito baixo e na época dizia que eu era parecido com o personagem Pikachu. As pessoas começaram a me chamar por esse nome. Não gostava no início, mas com tempo me acostumei e hoje é normal. O assessor do Paysandu me perguntou se eu queria mudar, tirar o Pikachu, mas resolvi deixar como está, o torcedor me conhece assim.
Após se aventurar no futsal, não demorou muito para Pikachu ganhar uma oportunidade no gramado, se transferindo para o Paysandu, onde é acompanhado de perto pelo pai. O jogador revela que até hoje presta conta em casa do que faz em campo e leva mais “puxão de orelha” da família do que do técnico Lecheva e da namorada.
- Uma vez fui expulso por receber o segundo cartão amarelo. Tinha esquecido que já estava com um cartão, até que puxei a camisa do jogador e só depois fui me lembrar. Quando cheguei em casa o meu pai começou a falar, dizendo que não tinha a necessidade de fazer a falta. Ele quer o meu melhor. Não bebo, não fumo e evito festas. Qualquer coisa que as pessoas veem o jogador fazendo, logo divulgam. Festa só em aniversário – explica.

Yago começou em 2002 nas divisões de base do
Paysandu (Foto: Reprodução / Arquivo pessoal)
Pai já torceu para o maior rival
Quem vê Carlos Lisboa acompanhando Yago nos jogos do Paysandu, nem imagina que o pai do lateral-direito bicolor já torceu para o maior rival do Papão, Clube do Remo. Pikachu garante que sempre se fez presente no Estádio da Curuzu. Lisboa não gosta muito de conversar sobre o assunto, mas hoje se considera parte integrante da Fiel.
- Nada de Remo. Atualmente sou Paysandu. Paraense sempre tem um carisma por Remo ou Paysandu. No inicio tinha isso pelo Remo, mas a partir de 2002, quando o Yago começou a treinar no Paysandu, tive que virar bicolor. Na realidade visto a camisa do Yago. Para onde ele for, vou torcer e estar junto.
Mão coruja revela “assédio” e não desgruda do filho
Suzy Lisboa é daquelas mães corujas que não deixam faltar nada aos filhos. Ela diz que acompanhou Yago Pikachu em praticamente todas as partidas da Série C. Grita, reclama do juiz, xinga o adversário que faz falta no filho jogador...
- Às vezes só querem fazer falta no meu filho. Tem o Vanderson, Kiros, que são grandalhões e preferem bater no meu menino. Assim não dá! – se diverte.
Suzy conta que os melhores momentos ao lado de Pikachu acontecem em casa. Na rua, o assédio, vindo principalmente das garotas, é grande. A dona de casa enumera as situações que já teve que passar em companhia do filho e procura não lembrar que um dia o candidato a ídolo bicolor pode deixar Belém e se transferir para um clube de outro estado brasileiro.
- Ele me convida para ir ao shopping, mas quase sempre me deixa plantada, sozinha, esperando. Me pergunto: onde está o Yago? Quando vou ver está batendo fotos com os fãs, dando autógrafos, esquece da mãe. É novo, velho, crianças, meninas, todo mundo pra cima dele. Mas eu sempre falo: Quero ver se ele vai aguentar ficar longe da mamãe um dia – brinca.

globoesporte.com

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