Com três volantes no meio-de-campo, já que essa é a posição original de Zeziel, o Paysandu promete ser um time dos mais cautelosos em Marabá. Charles Guerreiro deixou isso claro quando, na segunda-feira, comentou sobre a partida no Zinho Oliveira. Ele sabe que será o adversário quem buscará o jogo desde o início. Embalado pela vitória diante do Clube do Remo, com a torcida a seu lado e com mais ritmo do que o oponente sem partidas oficiais há 21 dias, o Azulão tentará garantir um resultado que faça com que a partida de volta, em Belém, esteja a seu favor. Mas, os bicolores mandam um aviso. Ir mais fechado não é sinônimo de time recuado. Pelo contrário. A forma de evitar uma pressão marabaense também ter poder de ataque.
O meia William, que entra no time nesse domingo, definiu isso muito bem. Experiente, sabe que se o Papão recuar para tentar garantir um empate - resultado que em Marabá será excelente para o time bicolor - fará com que a partida tenha uma nota só, com o anfitrião atacando visitante. Por isso ele prega a forma de jogar com cautela atrás e poder de ataque equânimes.
"Jogar lá (em Marabá) é muito complicado. Assistimos ao jogo contra o Remo e vimos o Águia com um espírito diferente, de muita empolgação. Vamos ter que jogar muito e ter bastante cautela para chegarmos ao nosso objetivo", disse. "O Águia vem para cima da gente e isso é esperado. Joga em casa e vai tentar fazer o resultado, por isso não podemos apenas nos defender porque isso traz o adversário para o nosso campo. Temos que ter objetividade e saber usar a velocidade dos atacantes, temos que fazer com que eles também se preocupem. A derrota é o que não nos interessa, por isso teremos que dar uma ênfase maior à marcação. Não podemos levar gols, essa é a prioridade. Na frente temos atacantes perigosos. Temos que nos organizar bem atrás e sairmos na boa para surpreendermos", completou o meia.
Zé Augusto, sempre a arma para as segundas etapas do Paysandu, é de opinião semelhante. Calejado com tantas decisões, ele vê duas equipes com forças semelhantes e, por isso mesmo, não acredita em pressão de um ou de outro. "A equipe deles é forte e marca muito bem, mas isso também temos. Espero que a gente tenha mais unidade ainda para ir para cima. Para a gente conseguir dar um passo bom temos que ter um resultado que seja bom. Para isso teremos que estar ligados do começo ao fim. O Águia vem subindo nessa reta final da competição."
O Terçado Voador é consciente ao afirmar que, na final, a camisa do Papão só pesará a favor caso o próprio time faça o papel dele em campo. "Se a gente, dentro de campo, fizer por onde, a camisa pode pesar. Se estiver sem determinação a torcida não ajuda. Ou seja, nós é que temos que fazer com que a torcida fique ao nosso lado para fazer valer a força de um time de massa".
Fonte: Amazônia Jornal
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