O preparador físico do elenco profissional, Antônio Teles, o Pompeu, garante que nesse sentido o time não sentirá problemas no interior. 'Intensificamos os trabalhos físicos porque o campeonato vai chegando ao fim e o grupo precisa chegar bem e homogêneo. A gente vem de duas competições e muitas vezes o atleta tem que ser preservado com trabalhos específicos para que se mantenham em um bom nível.'
Pompeu lembrou do domingo passado contra a Tuna. Na ocasião, o Papão jogou às 10 horas, num horário em que o desgaste vai crescendo junto com a temperatura e a equipe conseguiu suportar bem as adversidades, correndo bem mais que o próprio time luso, o de menor média de idade da competição. 'Nossa equipe não é de garotos, pelo contrário, é formado por jogadores experientes, acima de 30 anos. Mesmo assim eles estão correspondendo bem fisicamente. Dentro de campo têm dado uma resposta boa e isso é fruto do trabalho do dia a dia.'
Para Pompeu existiu de fato um abatimento geral quando o Paysandu perdeu a vaga na Copa do Brasil para o Bahia-BA. Logo em seguida, em plena Curuzu, o Papão perdeu em plena Curuzu para o Independente na pior apresentação desse ano. Mas, segundo ele, o jogo com a Tuna serviu para enterrar de vez esse episódio e colocar a equipe de vez nos eixos. 'A desclassificação da Copa do Brasil pesou para o time porque ele sentiu o gosto da classificação. Dava para passar de fase. Mas já passou muito tempo desde o jogo com o Bahia-BA e a vitória sobre a Tuna mostrou que o time está recuperado.'
Ney terá mais uma oportunidade no gol - Pela segunda rodada consecutiva Ney será o titular do Paysandu. Depois de perder a camisa um para Alexandre Fávaro nas semifinais do primeiro turno, ele retoma o posto com a contusão do companheiro. Ele sabe que Fávaro tem o apoio maciço da torcida e que seu retorno é dado como certo após a recuperação, possivelmente no clássico contra o Clube do Remo, na quinta rodada. Mas sabe também que quem entra no time sempre quer mostrar serviço para deixar o treinador em dúvida.
'Minha intenção é aproveitar da melhor maneira possível essa oportunidade de estar jogando. Quero sempre ajudar essa equipe do Paysandu. Em todas as oportunidades que eu tive sempre correspondi. É mais um momento de eu me firmar na equipe aí e fazer um grande jogo no domingo'. Ney deixou o time no pior momento da defesa bicolor, que tinha média de quase três gols sofridos por partida, mesmo que nenhum deles saído de uma falha individual sua.
Contra a Tuna, domingo passado, nas poucas chances em que teve que intervir saiu-se bem e contou até com o apoio vindo da arquibancada. A situação agradou-o em cheio, mas garante que mesmo na época das críticas ele não teve a cabeça mexida. 'O apoio é importante, mas acima de tudo é a minha tranquilidade, a minha consciência. Infelizmente aconteceram aqueles equívocos, mas me mantive trabalhando.'
O goleiro sabe que muita gente já está de olho no clássico, mas alerta para o confronto com aquele que é, parta ele, o mais surpreendente dos times do atual Parazão: o Cametá. Ney sabe que o confronto de depois de amanhã é importante não só para a continuidade bicolor no segundo turno como, também, para chegar com uma boa moral diante do maior rival.
'Três jogadores estão com terceiro cartão amarelo, o Cametá é uma equipe muito forte, decidiu o primeiro turno com a gente. Os jogadores que estão indo buscarão sua oportunidade, a equipe do Paysandu está preparada para esse jogo', confirmou. 'Quem não participou da fase final teve mais tempo para se preparar e isso reflete no nível maior no segundo turno. Nós estamos correndo atrás porque perdemos uma partida em casa, mas estamos no páreo e querendo conquistar o segundo turno'.
Para o goleiro, mesmo sabendo que após a competição estadual o elenco tem que ser reforçado para a Série C, os jogos com os times paraenses têm sido fortes o suficientes para se ter uma ideia do que vem aí a partir de julho. 'Sempre dá pra se tirar alguma coisa para o Campeonato Brasileiro. No mínimo serve para avaliar os jogadores. É claro que o grupo deve ter algum complemente e quem chegar para a Série C terá que ser de qualidade porque aqui tem jogadores muito bons'.
Ney aposta na boa preparação física do elenco para aguentar o péssimo estado do gramado do Parque do Bacurau, mas sabe que de nada adiantará se preocupar apenas com o campo e não prestar atenção no adversário. 'A gente vem muito bem na preparação física e isso vai ajudar a aguentar o gramado. Mas é o Cametá a maior preocupação. Trata-se de uma equipe muito forte e que já provou isso na competição.'
ORM
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