Após mais um fracasso bicolor, que resultou num intervalo forçado de 35 dias para o time do Paysandu até o início da decisão do Estadual, mais uma vez o técnico Sérgio Cosme enxergou na imprensa a causadora de seus problemas. No horário do jantar, Cosme entrou no restaurante do hotel Itacaiúnas e se dirigiu ao repórter. Segundo o profissional, o treinador proferiu a seguinte frase: "Eu tenho uma irmã negra, mas tu és um bandido, um safado".
Ainda segundo o repórter, o treinador, em seguida, movimentou-se, armando um soco para tentar agredi-lo. Nesse momento, o repórter disse ao treinador que não reagiria à agressão. "Disse a ele: ‘Tu faz o que tu quiseres, não vou reagir e nem me defender." Nesse momento, o auxiliar técnico bicolor alertou ao treinador que, caso agredisse o repórter, "perderia a razão". A tentativa de agressão também foi contida por dois colegas do repórter. "Nesse momento um dos colegas perguntou o que estava acontecendo e o Cosme, ironicamente, respondeu que estava me elogiando", disse.
A relação do técnico bicolor com a imprensa já é delicada, mas o que causou estranheza ao radialista foi o fato de, segundo ele próprio, nem ter feito críticas ao treinador após o término do jogo. "Não sei o que foi que chegou aos ouvidos dele. Até porque a indústria da fofoca é grande na Curuzu", disse, mostrando como anda o ambiente para o trabalho da imprensa no clube bicolor: além de o técnico já ter declarado guerra aos meios de comunicação, o clube baixou uma política de que só um jogador pode atender aos repórteres por dia. No jogo contra o Águia, em Marabá, o clube não incluiu um assessor de imprensa na delegação, embora conte com dois profissionais para a função. O próprio treinador se recusa a falar com a imprensa desde a eliminação da Copa do Brasil. Apesar do contratempo, o repórter preferiu não registrar ocorrência policial.
A reportagem tentou contato com o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, que ontem estava em São Paulo, e com os assessores de imprensa do clube, além de membros da diretoria bicolor. Todos os telefones estavam desligados ou direcionados para que as ligações caíssem na caixa postal.
Amazônia Jornal
0 comentários:
Postar um comentário