A Curuzu está cheia de pessoas que trabalham pelo clube. Apenas pelo amor ao Papão
O próprio significado já diz tudo: colaborador é aquele que coopera com outro para obter determinado resultado. No Paysandu existem muitos deles, tanto que em uma consulta aos funcionários e pessoas que vivem o ambiente do clube, sobre quem poderiam citar que se encaixaria nesse perfil, todos foram unânimes em responder que muita gente contribui com o Papão sem exigir nada, ou quase nada, em troca. Conseguir os nomes então é uma tarefa difícil, sempre com o mesmo argumento: citar alguns em detrimento de outros poderia causar ciumeira.
Mas vamos lá. Em meio a tanta gente abnegada, apuramos que existe quem contribua com tudo que se possa imaginar: de dinheiro, passando por material de construção, remédios, hortaliças, arroz e até mesmo espaço físico, como campo para treinamento ou até mesmo quem exerça sua influência para conseguir exames e cirurgias. Tudo a custo zero.
Alguns afirmam fazer isso por pura paixão de torcedor, outros contam que apesar de receber salário, dão sua parcela de contribuição em busca de outro tipo de retorno, o reconhecimento e satisfação de saber que está contribuindo com o clube. E não deixam de ter razão, afinal, o torcedor paraense que acompanha o amplo noticiário esportivo local por todos os meios de comunicação já percebeu que muitos se dedicam ao máximo para ver o Papão deslanchar e para isso não medem esforços.
Paixão pega até os doutores
Da turma dos que estão no clube por apego à agremiação sem receber salário, não se pode deixar de citar o chefe do Departamento Médico bicolor, Rogério Fraiha. O médico se diz apaixonado pelo azul e branco. “Mas essa palavra apaixonado não é questão de torcedor. É uma relação como se fosse com um familiar. Os meus amigos, quando o time está mal, não se sentem a vontade para me ligar e ‘encarnar’, porque sabem que eu fico machucado mesmo, é como se você estivesse com um parente mal e o cara te ‘sacaneando’”, compara.
Em nome desta paixão, doutor Fraiha garante fazer com que o DM tenha custo zero para o Papão. “O Paysandu só se preocupa com os encargos funcionais dos funcionários que ele contratou. Medicamentos, cirurgias, exames é tudo gratuito, graças ao nosso empenho. A minha forma de colaborar é com o meu trabalho, eu não deixo onerar o clube”, considera.
O fisioterapeuta Junior Furtado, apontado como um ‘braço direito’ do DM por Fraiha, é remunerado, mas explica que o ganho maior não é em cifras. “O retorno financeiro não é tão interessante, mas temos retorno de divulgação e recebemos o carinho do torcedor”, observa. Da equipe médica, o ortopedista José Silvério, também recebe proventos, mas garante que faz a sua parte como colaborador, assim como o outro colega, Wilson Fiel. “Existem cirurgias que a gente fez e não cobrou nada”, exemplifica.
(Diário do Pará)
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