Bicolores preferem jogar sem clima quente

Árbitro teve que parar o jogo de domingo por conta do calor (Foto: Mario Quadros)

É início de temporada, o Paysandu está cheio de atletas novos, alguns de outras regiões, outros tantos daqui mesmo e esse grupo tem passado por experiências extremas logo de cara. Não bastasse o ‘batismo’ logo em um torneio internacional, que teve na partida decisiva um Re-Pa, a estreia no Campeonato Paraense também foi dureza, não apenas pelo perigoso Castanhal, mas em especial pela escolha do horário do jogo, que iniciou às 10h.
A escolha foi para evitar a chuva da tarde, no entanto, o sol impiedoso que brilhou em Belém obrigou o árbitro até a fazer parada técnica, o que gera expectativa sobre que horário das próximas partidas em que o mando de campo for do Papão. Se depender dos atletas, a preferência é pelo turno vespertino. “10h é um calor muito forte, o jogo se torna mais lento, amarrado. Eu e a maioria dos jogadores, se você for fazer uma pesquisa, 90%, ou mais, vai preferir 16h”, relata o volante Alisson, que pediu para sair e foi substituído por Sandro Goiano, no decorrer da etapa final.
Quem segurou a barra, como Alex Oliveira, descreve o desespero com o mormaço. “Não achava que fosse suportar os 90 minutos, porque o calor estava muito forte. Eu achei que não fosse aguentar, mas na hora da terceira substituição, o Sérgio me olhou e perguntou ‘você aguenta?’, eu vi que o Alisson estava desgastado e pediu para sair, disse para tirá-lo que eu ficava até o final. Depois disso, acabei tendo a felicidade de bater a falta e sair o gol. Nessas horas a gente tem que se superar, estou feliz de ter aguentado”, afirma.
O zagueiro Tinoco, outro que ‘atravessou o deserto do Saara’, diz não ter preferência. “A maioria prefere às 16h, até porque tem que acordar mais cedo, para poder acelerar o metabolismo. Mas, independente do horário, eu quero é jogar”, pontua. Ao menos contra o Independente, os jogadores podem respirar aliviados, a partida está confirmada para as 16h de sábado.

Diário do Pará