Um levantamento feito pelo Portal ORM constatou que as três vezes em que o Papão saiu da Série C para a Série B contaram com reviravoltas forçadas pelos então, cotidianos, tapetões envolvendo a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a associação denominada Clube dos Treze - formado por alguns dos principais clubes do Brasil.
Em 2011, os bicolores disputam sua sétima Série C de campeonato brasileiro, sendo beneficiados por tapetões envolvendo outros clubes nas três primeiras, em 1987, 1990 e 1999. Veja abaixo o que aconteceu!
1987 - A Série C do campeonato brasileiro aconteceu com os 48 clubes divididos entre os módulos Azul e Branco. De acordo com o regulamento da competição, os 12 melhores clubes teriam o acesso, mas não foi especificado se seriam os seis primeiros de cada módulo. O Paysandu foi vice-campeão do módulo branco, mas, ao término da competição, os bicolores e outros clubes ficaram de fora da lista dos que tinham conseguido o acesso.
Como resultado de tudo isso, a CBF não realizou a Série C do campeonato brasileiro no ano seguinte e deixou todos os paraenses de fora da competição nacional. A 'recompensa' veio somente em 1989, quando o Papão - acompanhando por Remo e Tuna - foi incluído em uma Série B, que contou com 96 clubes. A colocação alviceleste foi 35º.
O time do Paysandu campeão paraense no ano de 1987 |
O regulamento daquele ano apontava que os quatro melhores clubes subiriam para a Série B e o Paysandu acabou terminando em 5º lugar. No entanto, a confederação resolveu não realizar a Série C do ano seguinte e, portanto, aumentar a quantidade de clubes na Série B de 1991, que passou de 24 para 64. Neste grupo, o Papão foi incluído na lista e acabou como campeão daquela Série B.
Edil, uma das estrelas do Paysandu de 1990, jogando futebol pelada atualmente em Belém |
Aos 23 anos, vindo do São Paulo após uma passagem pelo Grêmio, o meia Rogério Belém chegou no Paysandu daquele ano como um reforço para o time que buscava o acesso dentro de campo.
'Nosso time era muito bom. Tínhamos um excelente plantel e muita organização dentro de campo. Com tudo isso, a nossa expectativa era a de entrar no campeonato para brigar pelo acesso e começamos muito bem. Mas, aconteceu que tudo desandou no meio da competição. A folha salarial do time era boa e todos recebiam bem, mas começaram a acontecer muitos atrasos e alguns jogadores começaram a cair de desempenho, como aconteceria com todo trabalhador que não recebe salário pelo seu serviço. Naquele ano, não tivemos nenhum jogo com menos de 15 mil torcedores em Belém e, já depois da metade do campeonato, nosso time já estava na situação de poder cair. Chegamos na última rodada precisando de um empate para nos salvarmos e perdemos por 1 a 0 para o Bragantino, dentro do Mangueirão, em um jogo que nosso artilheiro, o Auecione, que tinha vindo do Palmeiras, perdeu um pênalti. Foi quando acabou tudo e seríamos rebaixados', lembra.
Porém, a história não acabou. 'Lembro que estávamos na Curuzu quando recebemos a notícia do tapetão da CBF e do nosso acesso por conta disso. Lógico que queríamos que tivesse sido dentro de campo, mas acabou que ficamos felizes com a virada de mesa', disse.
Aliás, este tapetão é um dos mais emblemáticos. Ele aconteceu quando foi descoberto o caso do então jogador do São Paulo, Sandro Hiroshi, que tinha um documento com idade alterada - o famoso 'gato' no futebol. Com isto, o clube paulista perdeu os pontos dos dois jogos em que utilizou o atacante, na vitória sobre o Botafogo (RJ) e no empate com o Internacional (RS).
O resultado disso foi uma mudança na tabela de classificação, que acabou tirando o alvinegro da zona de rebaixamento e rebaixando o Gama (DF), que não aceitou a situação, entrou na justiça comum contra a CBF e, de instâncias em instâncias, teve o processo alongado até a data em que seria realizado o campeonato brasileiro do ano seguinte, quando a confederação acabou 'banindo' o campeonato brasileiro do ano 2000 e colocando no lugar a Copa João Havelange, dividida em módulos como se fossem as divisões do Brasileirão. No momento de organizar os clubes dentro dos módulos, o Paysandu acabou ficando no grupo B do Amarelo, respectivo ao que seria a Série B. Em 2001, o campeonato brasileiro voltou a acontecer e os bicolores permaneceram na Série B, onde se sagraram bicampeões.
Rogério Belém em um treino de uma das várias passagens dele pelo Paysandu após 1999 |
'Para este ano, o Paysandu vive um momento muito parecido com o que nós vivemos em 1999. Era um time bom, com uma folha salarial alta e com jogadores de qualidade, sendo uma grande parte vinda de outros Estados. O que não pode acontecer são os atrasos nos salários e os desentendimentos entre jogadores regionais e os chamados 'importados'. Mas o grupo está nas mãos do técnico Roberto Fernandes, quem eu conheço e sei que gosta das coisas certas, e ele deve manter o grupo unido e com os salários em dia. Com isso, o Paysandu deve conseguir este acesso e, talvez, até o título', declarou.
Agora, resta esperar!
Portal ORM
2 comentários:
TIME DE LADROES, SE SABE COMPRAR TITULOS !! KKKKKKK
Vinha alertando desde o início do ano que havia "muita gente" querendo tirar a leoa do buraco a todo custo, se preciso, por cima do bem e do mal. Deu no que deu. A cidade, o povo de Cametá deverá se envergonhar dessa mancha que será para sempre lembrada na história do futebol paraense. O conquista heróica dos jogadores em campo tipo "David versus Golias" e do futebol Cametaense foi vendida a preço de bananas. Sim, porque foi entregue o que não tem preço, o que não se vende.
Nem adianta comentar a respeito dessa mídia marrom, pois não poderíamos esperar absolutamente nada de diferente da “versão” que eles apresentam e divulgam sobre os acontecimentos referentes a “venda” de um direito conquistado legitimamente em campo.
Estão felizes com a remerda na serie D e “muita gente” também!
A propósito, qualifico como mais uma tentativa espúria e maquiavélica feita pela mídia marrom resgatando acontecimentos passados do Papão como mais um argumento para justificar esta vergonha que se consumou agora e manchará para sempre o futebol paraense. Essa manobra da mídia marrom querendo puxar o Paysandu para o mesmo barco é sempre feita quando a leoa se mete em m... Égua!
Agora eles vêm com essa carta tirada do baú, resgatar fatos do passado onde o Paysandu foi beneficiado por manobras feitas pela alta cúpula do futebol com o aval da CBF. Ora foram viradas de mesa para beneficiar os peixes grandes, os interesses espúrios do poder e o Paysandu se beneficiou como muitos outros também. À grande diferença foi a repercussão negativa do fato na mídia nacional, que denunciou e repudiou a manobra qualificando-a de vergonha nacional.
Ora, cargas d´água! Não dá nem para comparar um fato com o outro, estão à mil léguas de distância um do outro.
O Paysandu foi beneficiado por uma manobra nacional feita pela CBF, com o intuito de se fortalecer politicamente, que envolveu muitos clubes grandes. Não houve uma participação direta do Paysandu nem pagou por isso.
Já a leoa se beneficiou comprando a vaga para a serie D. Foi uma manobra envolvendo diretamente os dois protagonistas de uma decisão de campeonato onde David superou Golias heroicamente. A leoa deu vexame e o sofrenômeno levou uma porrada para não esquecer nunca mais. Bota aço nisso. Cametazaço, Mapara rozaço aço aço aço. O que se viu depois foi algo para envergonhar o futebol paraense para sempre. Foi comprado com o vil dinheiro um direito conquistado legitimamanete e heroicamente em campo. Foi jogado na o que não deve ser jogado na lama.
Infelizmente enquanto o primeiro fato (CBF) foi desmascarado pela imprensa e tornou-se uma vergonha nacional o segundo fato (remerda-Cametá) tem o acobertamento feito pela mídia marrom (aquela que implica com o Paysandu e puxa o saco da leoa), tem quem divulga e reforça como legítima a versão da desistência do Cametá por motivos financeiros, tem quem tenta puxar o Paysandu para a mesma m... e misturar alhos com bugalhos e quem cala. Ègua, é muita omissão e corporativismo!
Aprendi a ter paciência, a esperar por dias melhores...
Eu acredito sempre: “Se houver uma camisa branca e azul celeste com o escudo do pé voando pendurada no varal durante uma tempestade, vou torcer contra vento”.
Sou feliz, sou Paysandu, graças a Deus!
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