Às vésperas da partida decisiva do Paysandu contra o Araguaína (TO), um grupo de aproximadamente trinta torcedores invadiu o gramado do estádio da Cuzuru, ontem à tarde, durante o treino dos bicolores. Embora tenham interferido os trabalhos da equipe, os torcedores fizeram uma manifestação pacífica, mas criticaram alguns jogadores do grupo, além de terem cobrado mais empenho do time para o próximo e último jogo da primeira fase do Campeonato Brasileiro da série C.
A invasão ocorreu no momento em que o técnico Edson Gaúcho trabalhava o fundamento de finalização dos atletas. O grupo de torcedores conversou com o treinador, que manteve a calma durante as exigências feitas pelos bicolores. Ainda ontem, horas depois do ocorrido, Gaúcho disse, por meio de uma página da internet, que entendeu o episódio, se comprometeu com o resultado e pediu para ser cobrado.
Já os jogadores do time acreditam que o protesto da torcida pode servir como um incentivo para a disputa contra o time tocantinense. “Isso faz parte. Eu já vi esse tipo de manifestação outras vezes. Vamos pegar as coisas boas desse protesto para fazer uma boa partida”, opina o zagueiro Leandro Camilo. “Se acharam que era o momento... Pelo menos foi pacífico, eles ficaram na deles. Acho que toda cobrança é válida, nós não somos apenas jogadores de futebol, também somos funcionários, então temos que fazer o nosso resultado”, completa o zagueiro Vagner.
Dúvida: Papão terá três atacantes?
Durante o treinamento de ontem de manhã, na Curuzu, o técnico Edson Gaúcho trabalhou em campo reduzido, com a mesma escalação do último treino coletivo, que teve como novidade Heliton, Rafael Oliveira e Josiel no ataque. Se confirmar o time com três atacantes, o treinador poderá aumentar o poder ofensivo da equipe, que precisa vencer (talvez por goleada) o Araguaína (TO).
À tarde, porém, Edson Gaúcho não escalou o trio, barrando Heliton e dando chances para o apoiador Juliano. Se escalados, o trio de frente vai atuar com Rafael Oliveira no centro, fazendo o papel de pivô, e Heliton e Josiel nas pontas. “Eu acho que o Heliton e eu vamos cumprir esse papel, até porque o Rafael tem um porte físico maior, mais avantajado para proteger a bola, enquanto a gente faz a movimentação”, explica Josiel, que não vê dificuldades em atuar desta maneira.
O atacante, que marcou apenas um gol com a camisa do Paysandu, lamenta o jejum de bolas na rede, mas ele argumenta que não tem sido muito acionado. “A partida em que eu tive mais chances foi contra o Águia, aqui em casa. Nos outros jogos, que eu me lembre, não tive nenhuma chance cara a cara com o goleiro. Agora, a gente tem essa possibilidade de aumentar o poder ofensivo jogando com três atacantes, criar mais as jogadas”, frisa o jogador.
Diário do Pará
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