Série B, digamos, é divisão de honra para qualquer clube do norte. Assim como a Série A é paraíso, Série C é calvário e Série D é inferno. Pois bem! O Paysandu está a um empate do resgate da honra para o futebol paraense. Do ponto de vista mercadológico, o acesso à Série B significaria muito mais. Atualmente, o clube tem calendário incompleto, baixa visibilidade na mídia nacional e paga caro para disputar o campeonato da 3ª divisão. Subindo, amanhã, o clube bicolor terá passagens e hospedagens bancadas pela CBF e mais R$ 800 mil divididos em cotas mensais, do repasse de patrocínio da Série B. Além disso, a valorização da marca junto aos patrocinadores e garantia de um calendário cheio, com 38 jogos no período de maio a novembro. Subindo à Série B, o Papão migra da tela regional da TV Cultura para a tela nacional do Sportv/PFC. O contrato da Funtelpa já prevê que os direitos de transmissão cessam automaticamente com ascensão à Série B, cujos direitos são da Rede Globo, com bases financeiras privilegiadas e maior cotação para patrocínios. Isso tudo vai ser decidido amanhã em 90 minutos, a partir das 16 horas, em Goianinha, região metropolitana de Natal.
Dezenas de corajosos bicolores
A maioria pela estrada e alguns privilegiados em viagem aérea se deslocaram de Belém a Natal. De lá, mais 59 quilômetros amanhã até Goianinha para incentivar o Papão na decisão do acesso. Dezenas de corajosos bicolores, que na entrada ao estádio serão obrigados a mostrar o documento de identidade para provar que são paraenses. Assim, as instituições de segurança do Rio Grande do Norte previnem a repetição da batalha campal que aconteceu em Belém entre a torcida do América, engrossada por 'torcedores' do Remo, com 'torcedores' do Paysandu. O receio era que desta vez os bicolores tivessem reforço de uma torcida do ABC para novo confronto. O estádio de Goianinha tem capacidade para apenas 6 mil pessoas. Mas a Polícia Militar do Rio Grande do Norte está garantindo que os torcedores bicolores terão a
proteção necessária. Que assim seja! E principalmente que o time bicolor seja capaz de suar e dignificar a camisa para fazer valer a pena o esforço de quem viajou para apoiá-lo ou ficou na terrinha para torcer com as imagens da TV Cultura e com o som da Rádio O Liberal/ CBN, na narração de Toninho Silva, comentários deste colunista e as reportagens de Abner Luiz e Agripino Furtado. O pagamento de uma folha salarial ao elenco, ontem, não resolveu todas as pendências, mas multiplicou o ânimo e as esperanças. Foi providencial!
Portal ORM
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