No ano passado, Fávaro não conseguiu o acesso, bateu na trave (Foto: Mário Quadros) |
Para um jogo tão decisivo e importante para as duas equipes, os técnicos Flávio Araújo, do América, e Andrade, do Paysandu, já têm em mente a escalação de seus times, mas só irão revelar a formação momentos antes da disputa. A estratégia de jogo dos donos da casa vai ser a de tentar marcar um gol sobre o Papão logo no início da partida para exercer uma pressão sobre os bicolores e acuá-los no campo defensivo, ainda que assim o time alvirubro corra riscos de ser surpreendido com as jogadas de contra ataque. Como só a vitória interessa ao América, os potiguares não terão outra alternativa a não ser partir para cima da equipe paraense.
Por outro lado, se a meta defendida pelo goleiro Alexandre Fávaro não for vazada na tarde de hoje, o Paysandu volta para Belém classificado para a segunda divisão. Se o empate como resultado também está dentro dos planos dos bicolores, jogar para empatar, no entanto, não está. O discurso do técnico Andrade e dos jogadores é o de que a igualdade no placar seria consequência e não a meta do time, que vai jogar para conquistar o resultado positivo.
O último capítulo nesta terceirona para América e Paysandu será escrito hoje à tarde, mas depois do apito final um dos dois times ainda continuará na série C do ano que vem, enquanto que o outro vai estar num lugar mais privilegiado: a série B.
A chance de dar a volta por cima
Já faz mais de um ano. As lembranças ainda doem, mas podem servir como uma injeção de ânimo. A tragédia ocorrida na Curuzu, em 2010, quando o Paysandu perdeu para o Salgueiro a vaga na série B do Campeonato Brasileiro pesa de forma negativa no currículo de alguns remanescentes daquele time, que usam o ‘Salgueiraço’ como motivação para tirar o Papão da terceirona.
O goleiro Alexandre Fávaro diz que pelo que ocorreu no ano passado ficou uma tristeza enorme. Para ele, foi uma decepção sem tamanho, uma tragédia inesquecível. “Foi a pior coisa que aconteceu em minha carreira. Estamos tentando conseguir o acesso para dar alegria ao torcedor. Lembro até hoje como foi aquele dia, com todos chorando e sem palavras para explicar. A minha ansiedade é em dar alegria ao torcedor e colocar o Paysandu num lugar mais digno”, promete o camisa um do Papão.
Já o zagueiro Leandro Camilo, que fazia parte do elenco, mas não atuou, explica que é até complicado lembrar a temporada 2010. “Ano passado não pude estar em campo e ficamos todos decepcionados. Dessa vez tem que ser diferente”. Daqui a pouco, é a chance de Fávaro, Camilo, Zé Augusto, Cláudio Allax e Thiago Potiguar, os remanescentes daquele time, darem a volta por cima e voltarem a fazer história no Paysandu, mas de um jeito ainda mais inesquecível à Fiel Bicolor.
Diário do Pará
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