Um dos casos emblemáticos aconteceu em 1993, durante o Parazão. Remo e Paysandu empatavam em 1 a 1 quando, após um cruzamento na área bicolor, o árbitro marcou um pênalti duvidoso no atacante remista, alegando “jogo perigoso”. Como esse critério é subjetivo (vai da interpretação do juiz), os jogadores do Paysandu ficaram revoltados e partiram para cima do árbitro. Nad, o atual treinador do Papão, e o craque Giovanni Oliveira, estavam em campo vestindo o manto bicolor. Eles e o restante da equipe, inconformados, decidiram abandonar o gramado, dando a vitória ao Clube do Remo.
A mesma coisa aconteceu três anos depois, no dia 26 de maio de 1996. O elenco que continha o atacante Luis Mário também abandou um RE-PA no decorrer da partida após discordar da arbitragem. Dessa vez, o motivo foi a expulsão de três jogadores do bicola.
Os técnicos também não têm vida fácil. Um resultado negativo e logo ficam na corda bamba. O atual técnico azulino, Sinomar Naves, em sua primeira passagem pelo Leão, em 2010, mesmo com o bom aproveitamento a frente da equipe, não resistiu e, após duas derrotas para o maior rival, foi mandado embora da Toca do Leão. Detalhe: naquele ano, Naves comandou a equipe azulina em 31 jogos. Venceu 15, empatou 13 e perdeu somente 3 (dois para o Papão).
Em 2009, algo parecido aconteceu nas bandas da Curuzú. Nasareno Silva durou pouco no comando bicolor. O estopim foi a derrota para Remo em um amistoso, no início de 2010.
É impossível prever as consequências de um mau resultado. Mesmo quando a campanha parece boa, um revés para o rival pode ser um divisor de águas.
Diário do Pará
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