O clima da partida era de revanche. Afinal, o último grande e incrível fracasso bicolor na Série C foi contra o Salgueiro-PE, na Curuzu, em uma manhã que parecia destinada à consagrar a gloriosa e esperada volta do Paysandu à Série B. E pouco antes do início da partida, o Papão recebeu a notícia de que Marcus Vinícius não estaria em campo, devido a uma fisgada na coxa, dando lugar a Pablo. Para completar, antes dos cinco minutos de jogo, Elvis, nome que não é benquisto nos rincões da Curuzu, teve um gol anulado, mostrando o ímpeto do Salgueiro no jogo.
Os ingredientes deste roteiro poderiam assustar o Papão em outros tempos. Passou longe de ser o caso. Controlando o emocional e jogando dentro de uma proposta de jogo bem definida, com dois volantes de marcação agressiva dando o primeiro combate e deixando a zaga confortável, o Paysandu soube controlar a pressão inicial do time da casa, e equilibrou as forças. Uma vez bem postado em campo, o time de Givanildo Oliveira começou a colocas as asas de fora: as principais jogadas articuladas pelo Paysandu saíam dos pés de Harison e Thiago Potiguar, que faziam de tudo para servir Rafael Oliveira. Em uma jogada de linha de fundo de Potiguar, quase Oliveira marcou. Do lado do Salgueiro, Josa e Rodolfo davam trabalho, com o último chutando bem de fora da área.
Com a marcação bem ajustada, o técnico Givanildo Oliveira voltou para o segundo tempo disposto a arriscar em nome da vitória. Na vaga de Washington colocou Alex William, o que deixou o Paysandu mais frágil nos primeiros minutos, deixando para Dalton a missão de parar a artilharia pernambucana, que teve Elvis e Pio assustando. Porém, aos 15 minutos, foi o Papão quem abriu o placar: Alex William começou a jogada e cruzou para Vânderson escorar de cabeça, antes do goleiro.
Por dois minutos o Paysandu conseguia um feito inédito: vencer o Salgueiro no Cornélio de Barros, onde o time da casa venceu dez das últimas 12 partidas, empatando as outras duas. Mas uma desatenção da defesa, que esperou a intervenção de Dalton, foi o que fez Junior Ferrim, algoz que já vestiu a camisa do Remo, empatar. O Papão tentou, e teve chances, de passar à frente mais uma vez. Mas no fim, o empate prevaleceu.
Amazônia Jornal
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