Com muitas horas de voo e estrada, jogadores admitem problema, mas garantem que superação é possível

Givanildo tentou, mas o tempo não foi suficiente e a diretoria bicolor não teve como corrigir o erro de marcar a viagem a Salgueiro (PE) apenas hoje de manhã. O treinador deixou claro que o ideal teria sido deixar Belém ontem. Entre os jogadores, resta apenas encarar as quase 15 horas de voo e estrada até o sertão pernambucano. A delegação bicolor sai hoje, às 5h35, e faz uma conexão no aeroporto de Brasília (DF) e mais duas paradas antes chegar de Juazeiro do Norte (CE), às 15h05. Na cidade do interior cearense, os atletas almoçam e rumam até o local do jogo, com chegada prevista para 19 horas.

Um dos que mais sofrem nessas viagens é o goleiro Dalton. Do alto de seus 1m95, não há poltrona em avião ou ônibus que garanta um mínimo de conforto. Mesmo assim, o camisa um do Papão não reclama. "É impossível descansar. Mas se tem uma coisa que jamais vou fazer é reclamar disso. Estamos numa Série C e essa é nossa realidade. Não tem como fugir disso. Além do mais, quero ser um vencedor na minha carreira, então tenho que passar por cima dessas dificuldades", disse Dalton. "Vai ser difícil conseguir esses três pontos, mas quem quiser chegar tem que passar por todas as dificuldades, dentro e fora de campo, como vai ser essa viagem", completou o arqueiro.

Os demais jogadores também tentam minimizar as dificuldades. A ordem é não usar o desgaste pela viagem como desculpa em caso de resultado negativo. "Confesso que é algo muito complicado. O jogador de futebol, profissional que trabalha com o corpo, precisa de um descanso. Só o que a gente pode esperar é que isso não atrapalhe o nosso rendimento dentro de campo", afirmou o lateral Régis. "Contra o Guarany-CE também fizemos uma longa viagem, descansamos e conseguimos uma vitória. Então agora é fazer a mesma coisa. Temos que deitar, dormir, descansar o máximo e tentar vencer o Salgueiro", disse o meia Leandrinho.

Amazônia Jornal