Para neutralizar o Palmeiras no Parque Antarctica, Charles Guerreiro adota sistema tático com três zagueiros
A delegação do Paysandu deixou Belém às 15h30 de ontem e levou na bagagem a esperança de surpreender o Palmeiras-SP amanhã à noite, no Parque Antarctica, no jogo de volta da segunda fase da Copa do Brasil. Na partida de ida, o Verdão venceu por 2 a 1 e joga pelo empate, podendo perder até por 1 a 0. A esperança bicolor reside no momento irregular que vive o time paulista, mas há de se considerar justamente o que fez diferença em Belém: o Palmeiras é um time médio da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, enquanto o Paysandu é um dos candidatos a se dar bem na Série C.
Pensando assim, o técnico Charles Guerreiro não titubeou em mudar a equipe para usar um esquema de jogo mais cauteloso. Sem o meia Fabrício, vetado mais uma vez pelo departamento médico por causa de dores na panturrilha direita, ele optou por colocar o zagueiro Rogério Corrêa e escalar a equipe no 3-5-2. No coletivo de ontem de manhã, o time formou com Alexandre Fávaro no gol; Paulão, Leandro Camilo e Rogério Corrêa na zaga; Cláudio Allax, Tácio, Sandro, Marquinhos e Zeziel no meio-campo; Moisés e Didi no ataque.
Rogério Corrêa garante que o Papão não deve atuar mais recuado com a nova formação. 'Joguei muito dessa forma. No Atlético-PR (ele foi campeão brasileiro pela equipe, em 2001), foi o esquema mais usado. Espero que dê certo nesse jogo. Muita gente pensa que jogar assim deixa o time mais defensivo, o que é um engano. A defesa fica sem um jogador e o meio-campo ganha mais um. Tudo depende de como os jogadores encaram a forma de jogar', afirmou Rogério.
Mas há um porém na declaração do zagueiro. Teoricamente, ela é correta, já que, com cinco homens no meio-campo, a tendência é a equipe ficar mais forte no meio para frente e, com isso, mais ofensivo. Mas a maioria dos clubes do Brasil usa este sistema de jogo quando quer se fechar: os alas, que deveriam ser mais ofensivos, geralmente são recuados, ficando praticamente um 5-3-2. Com o Papão, não é diferente.
Charles Guerreiro, que treina essa forma de jogar em quase todos os coletivos que comanda, sabe que o Verdão está em crise e não almeja mais nada no Campeonato Paulista, com todas as fichas do primeiro semestre apostadas na Copa do Brasil. Ao contrário do primeiro jogo, Antônio Carlos Zago deve mandar a campo o que tem de melhor. Será o time dono da casa que buscará o ataque do começo ao fim para confirmar a classificação para a terceira fase o quanto antes. O Paysandu tentará usar os contra-ataques para surpreender.
Rogério Corrêa reconhece que o time está mais habituado ao 4-4-2, mas garante que ninguém vai estranhar o sistema de amanhã. 'Para mim o Paysandu tem as peças para jogar nesse esquema. Treinamos mais da outra forma de jogar, mas trabalhamos também bastante com três zagueiros.'
Fonte: Amazônia Jornal
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