Pode até ser incômodo, mas, no efeito prático, o jejum que o Paysandu vive de vitórias fora do Estado, que já dura quatro anos, não preocupa. O atacante Zé Augusto, único do elenco que esteve em campo na última vitória bicolor longe de casa, lembra que em 2001, quando o Papão subiu para a Série A como campeão, o time não conseguiu vencer fora do Pará. O atacante, porém, coloca o bom ambiente de trabalho e a confiança em alta do grupo como fatores que levarão o time a surpreender o Salgueiro-PE e colocar um pé na Série B.
Zé Augusto tem 14 anos de casa. Viveu os melhores e os piores momentos da história recente do Paysandu. Esteve em campo no dia que o Papão venceu o América-RN fora, formando dupla de ataque com Balão. Do jogo, lembra pouco. Mas admite que a escassez de vitórias fora do Estado o incomodam. "Por ter muito tempo de Paysandu eu sou um dos que fica mais incomodados com esse jejum. Estive presente em todas as fases boas do time e por isso sei que vivemos a nossa melhor chance de subir para a Série B de volta. Acho que dessa vez vamos acabar com esse tabu. Temos tudo para isso", diz o atacante
A vitória fora, ele ressalta, deve vir para que o clube cumpra com uma obrigação pessoal. Zé diz não confiar na máxima do futebol moderno, que reza que o time que quer ser campeão tem que vencer fora. E o exemplo que derruba essa tese ele tem na ponta da língua. "Quando o Paysandu foi campeão, em 2001, e subiu para a primeira divisão, nós não ganhamos nenhum jogo fora do Estado", lembra, ressaltando que o problema é o limite interestadual, já que jogando no interior do Pará, longe da Curuzu, o time consegue se sair bem. "Talvez seja falta da torcida apoiando. Mas isso vai mudar", torce Zé Augusto.
Com a experiência acumulada, Zé Augusto se arrisca também a fazer projeções. Segundo o atacante, "dessa vez vai dar". Para ele, o fato de o Paysandu ter um grupo coeso, com boas peças de reposição, e em sintonia, fará o time reencontrar a Série B logo. "Tenho certeza que subiremos. O grupo está muito confiante. No Paysandu não tem ciúme, inveja. O grupo é amigo e está focado no mesmo objetivo. No futebol, às vezes acontecem coisas que surpreendem, mas estaremos preparados para lutar contra isso e chegar lá", conclui o "Zé da Fiel".
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