
Foi só terminar a temporada para que membros da diretoria de futebol do Paysandu chegassem à conclusão de que será preciso apostar mais em jogadores prata da casa que se destacam nas categorias de base, se quiserem obter sucesso no ano vindouro. Ao mesmo tempo em que rescindem os contratos de muitas promessas que não deram certo, nomes de novatos como Luan, Billy e Brayan são lembrados. Todos com algo em comum: crias do próprio clube.
Segundo o coordenador das categorias de base do Papão, Carlos Alberto Mancha, o efeito é fruto de experiências positivas, como a venda de Moisés ao Santos, além da boa atuação de Bernardo no Águia. “Estou aqui desde 2002 e todo ano a categoria de base vendeu um jogador. Nós vendemos o Jairo, o Marabá, Giovani, agora o Moisés e vários outros que agora me falha a memória. Essa questão de priorizar a categoria já vem sendo feita, mas essa mudança de cultura é lenta”, admite.
Mancha faz uma análise sobre os erros cometidos, em sua opinião, durante a atual temporada e aponta sugestões para que 2011 seja diferente no futebol profissional do alviceleste. “Se eu tenho o Billy, o Brayan e o (Cláudio) Allax, por que eu tenho que contratar mais dois para cada uma dessas posições? Se eu tenho Paulo Wanzeller, por que eu tenho que contratar mais dois goleiros de ponta? Eu tenho que ficar com o Wanzeller, um de goleiro de ponta e buscar outro na categoria de base. É essa metodologia que deve ser feita”, sugere. O coordenador afirma que teve apoio da diretoria nessa valorização, mas afirma que dentro das quatro linhas não foi assim. “Faltou coragem. Não tem que ter medo de ser feliz”, dá a dica.
Diário do Pará
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