Apenas o zagueiro Leandro Camilo compareceu à área depois que o assessor, Chico Chagas, cumpriu com a sua função e o levou até o local. Mas, cerca de meia hora após a primeira entrevista, Chagas, que tentou falar com outros atletas, reencontrou com os jornalistas para dizer: “não vem mais ninguém, não adianta. Eu insisto, mas eles não querem falar”.
O recado foi dado para mais de vinte pessoas de dez veículos de comunicação, que ocupavam as duas salas reservadas para a imprensa. Acostumados com tal tratamento, os jornalistas levantaram-se das cadeiras, tiraram os microfones da prateleira colocada sob a mesa e saíram do estádio, ao mesmo tempo em que os cinegrafistas e auxiliares guardavam os equipamentos eletrônicos.
O diretor de futebol do Paysandu, Antônio Cláudio ‘Louro’, informou que irá cobrar uma mudança de comportamento dos jogadores quanto a um antigo hábito que desde o início da temporada só atrapalha o trabalho da imprensa: os problemas mal administrados pela diretoria bicolor.
Houve um período este ano, ainda durante a disputa do Parazão, que apenas um jogador poderia falar com a imprensa por dia, por ordem da direção. Agora, depois dos problemas de vazamento de informações internas do clube, o próprio presidente Luiz Omar Pinheiro afirmou, após a derrota para o CRB (AL), que há “mariquinhas” na Curuzu, que só querem saber de fofocar.
Se os jogadores não querem papo com a imprensa até receber o que têm direito e as “mariquinhas” estão soltas pelo estádio do Paysandu, conforme declarou o mandatário alviazul, tem culpa a imprensa pela atual situação do clube?
Diário do Pará
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