Ao menos do ponto de vista climático, os bicolores têm uma missão a mais: vencer o frio intenso que promete castigar os atletas, com possibilidade até de nevar na capital paranaense. Desta forma, não há outra solução a não ser se esforçar ao máximo para surpreender o adversário dentro da sua própria casa.
Em busca da classificação, o técnico Givanildo Oliveira tem tido ‘dor de cabeça’ para acertar alguns detalhes que ainda deixam a desejar. Volta e meia, algumas mudanças bruscas ocorrem, com mais um exemplo para o jogo de hoje.
Uma dessas alterações envolve um dos jogadores mais contestados pela torcida durante o Parazão: o lateral-esquerdo Rodrigo Alvim pode voltar ao time. Além dele, o volante Ricardo Capanema e o atacante Iarley também devem retornar à equipe titular.
Embora esteja com técnico novo e com o time ainda pouco entrosado, o Atlético quer a todo custo mostrar que pode recuperar-se de uma crise assombrosa, que o deixa na zona de rebaixamento da Série A. Até mesmo porque pela Copa do Brasil foram três vitórias e um empate. Os bicolores também querem iniciar uma sequência de vitórias, mas especificamente no jogo de hoje, que eles nem precisam ganhar a partida. Um simples 1 a 1 já será perfeito.
Esse tempo não é nada familiar
Depois do jogo de hoje à noite, a delegação do Paysandu embarca amanhã para Natal (RN), onde os bicolores jogam, no sábado (27), no estádio Fraqueirão, contra o ABC, pela Série B. Ao todo, o Paysandu irá passar uma maratona de 11 dias entre a capital paraense e os estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Norte.
As dificuldades de deslocamento já estavam previstas pela comissão técnica, mas na prática, o longo período entre viagens e partidas já começa a pesar. “Estamos em um total de quase 11 dias, já chegando concentrado para o jogo contra o Figueirense. Então, são quase duas semanas fora, mas são coisas que o jogador passa e o grupo inteiro já sabia disso. Esperamos ao menos chegar com uma vitória para dar mais confiança ao time”, projeta o meia Eduardo Ramos.
Para dificultar ainda mais as coisas, existe o problema da temperatura. Enquanto em Belém os termômetros marcam em média 33/34 graus, na capital paranaense a temperatura pode chegar facilmente à casa dos três graus negativos, temperatura jamais vista na região norte. “Não ajuda muito a gente por não termos esse costume de jogar no frio. Mas, estamos preparados, sim, independente da temperatura”, completa Eduardo.
Oportunidade perfeita para levantar a moral
Não há para onde correr. O futebol vive de resultados, e quando eles faltam, é sinal de que há alguma coisa descompassada. Não que o sinal seja de alerta, mas desperta em quem o sente, um incômodo latente, somente apagado com a reversão do momento. Esse é o Paysandu de agora: um elenco relativamente forte, com qualidade, mas que ainda não emplacou nas competições de nível elevado.
Na Série B, o momento não é animador, a 16ª posição na tabela que o diga. Porém, na Copa do Brasil, a equipe luta em pé de igualdade para ganhar uma identidade, após ter sido fragilizada em campo, diante do Naviraiense-MS, mas reforçada ao retornar perante um adversário mais qualificado, que garantiu um empate no Mangueirão.
São essas lições do passado e os desafios do presente que os jogadores esperam por em prática contra o Furacão. “A gente sabe que um jogo mal feito atrai coisas negativas, então, nós temos que olhar o que aconteceu e evitar cometer nesse jogo. Tudo o que for ruim, não podemos levar a campo. Estamos diante de uma equipe que não vai muito bem, mas não deixa de ser muito difícil. A pressão é muito grande, então vamos tirar proveito do contra-ataque”, revela o meia Alex Gaibu.
Para alguns, o momento pode ser de preocupação, mas para outros, o futebol tem sua recompensa nos momentos mais oportunos. “São coisas do futebol. Se você for pegar o São Paulo, que tem um dos melhores elencos do Brasil, as coisas também não estão dando certo. Mas eu acho que ainda há tempo de encaixar o que vínhamos fazendo e conseguir a vitória. Os erros custam essas vitórias, só espero que essa fase passe e o Paysandu entre no rumo das vitórias, onde merece estar”, compara o meia Eduardo Ramos.
Atlético quer manter campanha da Copa do Brasil
Ainda que o time não esteja bem das pernas no Campeonato Brasileiro, a torcida do Atlético-PR tem se animado com o jogo diante do Paysandu. Após três vitórias e um empate, o Furacão quer reencontrar o caminho das vitórias pelo meio mais rápido. Para isso, precisa passar pelo Papão.
Na tarde de ontem, o técnico Vagner Mancini realizou o último treino antes da partida. Sem grandes alterações, o comandante espera mexer no máximo em duas posições. A primeira delas na defesa. Na partida de ida, Mancini optou pelo zagueiro Dráuzio e por Léo, na esquerda.
Já no trabalho de ontem, figuraram entre os titulares o zagueiro Luiz Alberto e o lateral-esquerdo Pedro Botelho. A expectativa, no entanto, só será desfeita na hora do jogo, uma vez que os jogadores e comissão técnica não concedem entrevistas para as emissoras de imprensa não autorizados pela direção do clube.
A grande surpresa, contudo, deve ser o retorno do meio-campista Paulo Baier, o principal desfalque no jogo de Belém. Quanto ao ataque, na quarta-feira passada iniciaram a partida Éderson e Marcelo Cirilo, enquanto no treino de ontem a dupla ficou a cargo de Marcelo e Marcão. O treinador não pretende fazer muitas alterações em relação ao time que disputa a Série A, mas na Copa do Brasil, ele pode mudar pelo menos quatro peças.
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Diário do Pará
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