
Quem conhece o torcedor paraense sabe do fanatismo que ele tem pelo futebol. Há quem diga que o Pará respira futebol. Mas no Campeonato Paraense 2009, a tônica tem sido bastante diferente, onde a proibição da venda de bebida alcoólica e a transmissão dos jogos para a capital têm tirado boa parcela do público dos estádios. Mas quem esperava um público inferior a 5.000 torcedores viu o Mangueirão invadido por mais de 16.000 corações apaixonados.
Ao todo, exatos 16.409 torcedores compareceram para assistir à final do primeiro turno entre Paysandu e São Raimundo. Como a Pantera é de Santarém, interior do Estado, o “Colosso do Bengui” estava tomado pela “Avalanche Bicolor”.
O torcedor do Bicola dizia que a partida já estava ganha. O 3 a 0 conquistado na primeira partida fazia crer que o turno já era do Papão. Carregava no peito a faixa de campeão, embalada pela força da única equipe invicta na competição. Desde 2006, o torcedor do Papão não via o clube vencer nem sequer um turno, o que deixava claro que sair de casa enfrentando trânsito ruim e, em alguns momentos, tomando banho de chuva seria um bom negócio.
Houve até uma confusão no portão B, que foi arrombado por torcedores insatisfeitos com a falta de organização no Mangueirão. Quando Zé Carlos marcou o primeiro gol para o Paysandu, festa nas arquibancadas. O torcedor passou todo o primeiro tempo tranquilo. Na segunda etapa, com a virada do Pantera por 3 a 1, a Fiel pedia raça, não sabendo se motivava ou se vaiava o desorganizado time Bicolor.
Ao final da partida, com o placar de 3 a 2 para o São Raimundo, era difícil soltar o grito de campeão com uma derrota. Mas os jogadores comemoraram e, assim, a torcida levantou da arquibancada e soltou o grito esperado por mais de dois anos: “É campeão”. Foi o segundo maior público do campeonato. Foi um misto de felicidade e tristeza. Coisas do futebol.
FESTA NA CIDADE - Pelas ruas da capital paraense, o que se viu depois da conquista do primeiro turno do Campeonato Paraense-2009, diante do São Raimundo de Santarém, ontem à tarde, foram bicolores exibindo o manto azul-celeste e um grande sorriso estampado no rosto. Em bares espalhados pela cidade, alguns torcedores aproveitaram para extravasar bebendo cerveja, já que no estádio a comemoração foi a seco. Com ou sem exageros, o fato é que depois de uma longa espera na fila, a Fiel voltou a ter motivos para comemorar.
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