O Paysandu em franca evolução, o Remo decadente. Detalhe: aos alvicelestes até uma derrota por um gol de diferença serviria para levantar a Taça Cidade de Belém, equivalente ao primeiro turno do Parazão. Seria um Re-Pa fácil? Seria um Re-Pa apenas para sagrar os bicolores campeões? Seria... Não foi!
A mística de um clássico Rei da Amazônia posiciona-se acima de qualquer análise, das mais frias às mais quentes. Posiciona-se acima de qualquer verdade absoluta. Derruba jogadores e treinadores. Tudo bem que os jogos do meio de semana deram a noção de uma evidente fragilidade dos titãs com relação ao futebol da primeira divisão. Mas, deem licença...
O Re-Pa não é só o clássico mais disputado do mundo, é também o mais emocionante! É a nossa realidade, é sensacional! Quem esperava que o Remo conseguisse reverter uma vantagem considerável em menos de 30 minutos? Quem era capaz de apontar uma etapa inicial de bagunça travestida em celeste? E que, mesmo assim, conseguiu obter um gol para esfriar qualquer reação? Quem imaginava que o Remo incendiasse um confronto, que caminhava para um final menos eletrizante, aos 44 minutos do segundo tempo com um gol olímpico? E, por fim, quem era capaz de supor que o Paysandu fosse suficientemente forte para, três minutos depois, encontrar forças para segurar e até empatar a partida?
Ontem, Remo e Paysandu protagonizaram um jogão, que fez justiça ao desempenho, à entrega dos eternos rivais. Fez justiça ao Paysandu, campeão por ter evoluído nos quesitos técnicos e táticos num momento crucial. Por todos os detalhes descritos, o time de Guerreiro não foi campeão no domingo anterior, mas usou os 4 a 2 da primeira partida para soltar o grito ‘É campeão’. Ao Remo, resta a lamentação por ter liderado o 1º turno e não ter transformado isso em título... O segundo turno está aí e preparem-se para novas emoções. Parabéns, Papão!
Fonte: Diário do Pará
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