Preparador físico do Papão botou os jogadores pra correr
O Paysandu voltou aos treinos da semana na tarde de ontem sob os comandos do preparador físico Antonio Pompeu, que parecia um comandante militar disposto a não dar descanso para seus comandados. A atividade foi nada menos que uma ‘corridinha’ de oito quilômetros ao redor do campo da Curuzu e teve jogador que comemorou poder participar, como Moisés, enquanto outros reclamavam da ‘peia’.
O meia Marquinho chegou a brincar com a situação. “Não tem a corrida do Sal? Então faz aí uma matéria sobre a maratona da Curuzu”, gracejava ofegante, enquanto Zeziel se admirava do preparo de outros colegas que passavam correndo em sentido contrário. “Os caras passam por nós e ainda nos cumprimentam”, comentava com o seu grupo, na parada para tomar fôlego.
Nem mesmo Moisés, que retornou ao trabalho físico com o grupo no último sábado (24) escapou da ‘missão’. “Foi um dia de trabalho forte. Aos poucos vou me adaptar para entrosar junto com a equipe”, ressaltava, sem alimentar esperanças de entrar em campo na partida contra o Águia, no próximo domingo (1º de agosto).
“Vou ajudar no momento certo, para não haver outra lesão. Vou me recuperar e posso estar jogando no terceiro jogo”, planejava. O artilheiro do último Paraense aproveitou para falar de seu condicionamento. “Estou bem fisicamente, não me abalou em nada esse tempo que fiquei parado”, afirmava.
Desvio não deve ficar impune
O primeiro jogo do Paysandu pelo Brasileiro ainda rende. Nem tanto pelos 6 a 2 no Rio Branco, mas pelo público total de 6,243 mil pessoas em uma renda de R$101.194,00. O presidente Luiz Omar Pinheiro anunciou que vai registrar hoje um Boletim de Ocorrência na Polícia, para averiguar uma suposta troca de ingressos.
“Achamos nas sobras dos ingressos, 500 bilhetes do jogo de Remo e Águia. Está se falando em torno de dez mil reais que foram desviados da renda e tinham 500 pessoas a mais no estádio. Alguém pegou os ingressos (de Paysandu e Rio Branco), pegou o dinheiro da bilheteria e colocou ingressos antigos na sobra”, explica o cartola.
Segundo ele, nos jogos, o que resta de tíquetes que não são vendidos, são contabilizados em blocos, e não um a um. “No meio desses blocos de ingressos que sobraram é que achamos esses bilhetes do jogo do Remo”, informa o presidente.
Luiz Omar afirmou que foi até a Federação Paraense de Futebol (FPF) para conversar sobre a situação e foi orientado a procurar a Polícia para investigar quem fez a troca. “É um caso grave que tem que ser apurado pela Polícia e será esse o caminho que vamos tomar”, avisou.
Papão tenta driblar os desfalques
Não é só Moisés que deve apenas assistir ao jogo entre Paysandu e Águia no próximo domingo. Paulão, titular absoluto da zaga bicolor, ao lado de Leandro Camilo, ainda se recupera de uma contratura muscular na coxa esquerda e deve ceder a vaga para Rogério Corrêa ou Da Silva. Outro candidato à arquibancada é Neto Potiguar, que ainda aguarda a transferência internacional para poder jogar oficialmente, além de Daniel Morais e Adelson, que se recuperam de lesões de nervo.
O ortopedista José Silvério, do Departamento Médico bicolor, dá esperanças apenas para Paulão, mas, se for liberado, o zagueiro só deve retornar aos treinos com o grupo na quinta-feira (29) quase às vésperas do próximo compromisso do Papão. “Ele fará uma ultrassonografia de controle nesta quarta-feira, para ver se a lesão cicatrizou, uma vez que está sem dor e, estando cicatrizada, será liberado”.
Sem problemas de contusão, Rogério Corrêa ‘já está no momento dele’. “Desde que saí do time na final do primeiro turno (do Paraense) eu continuei trabalhando e esperando o meu momento. Fiz um amistoso muito bom na semana passada e serviu para espantar esses problemas de lesões”, diz. Quem será liberado hoje para se juntar ao grupo e seguir em preparação é o lateral-direito Bosco, que não participou do amistoso contra o Independente de Ourém, na última quinta (22) também por lesão muscular.
(Diário do Pará)
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