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terça-feira, 5 de março de 2013

Estou acostumado a ganhar e ninguém falar nada, assim é a vida de zagueiro", foi o que comentou o zagueiro Raul enquanto tentava tomar o primeiro gole de um suco numa panificadora do bairro do Umarizal, logo depois de ser interrompido por um torcedor do Remo. Mesmo perdendo o clássico de domingo e com dois gols do defensor bicolor, o azulino mostrou espírito esportivo ao elogiar o jogador. "O Raul matou meu time. Mas é um bom zagueiro. Infelizmente ele fez isso, mas futebol é assim mesmo. Parabéns a ele."

O dia seguinte à conquista do primeiro turno do Parazão pelo Paysandu foi assim, com Raul tendo que encarar os torcedores que vinham elogiar ou reclamar dos gols feitos por ele. "Estou passando por momentos inéditos na minha vida. Aonde vou as pessoas vêm falar comigo", disse.

Enquanto os companheiros aproveitavam o dia de folga, ele teve uma segunda-feira cheia. Com dores no joelho esquerdo (ver matéria), ele dividiu o dia entre a fisioterapia na Curuzu e exames numa clínica da cidade. A rotina sacrificante foi compensada pela reação dos torcedores. O taxista Ricardo Ribeiro da Silva abraçou o jogador ("Fez muito bem, detonando o Leão") enquanto outro, remista, reclamava.

O que estava triste não perdeu o bom humor. Pelo celular, ele falava e brincava com um amigo: "Acabei de falar com o matador e ele me prometeu nunca mais fazer gol na gente", o que arrancou risadas do zagueiro.

O momento atípico começou antes mesmo do clássico. Segundo ele, algumas coincidências chamaram sua atenção. Começou com um amigo do pai, que do nada lhe telefonou para contar de um pressentimento que Raul faria o gol da vitória no Re x Pa. "Ele me ligou para dizer essas coisas. Eu não costumo atender telefone em dia de jogo, mas esse eu atendi nem sei a razão." O pressentimento chegou a ficar em dúvida quando Leandro Cearense empatou. O bicolor confessou que nunca imaginaria que voltaria a estufar as redes do adversário na mesma partida. "Depois do empate pensei que ele estava errado. Quando que eu ia imaginar em fazer dois gols num jogo só, ainda mais um Re x Pa. Era muito para imaginar."

A outra coincidência foi no treino da sexta-feira passada. Depois do trabalho, quando geralmente fazia um trabalho específico de afastar bolas da área, ele foi para o outro, o de finalizar. "Foi na sexta-feira passada. Depois do recreativo pedi para o Gleicinho e para o Bray cruzarem as bolas na área. O aproveitamento foi bom, mas não foi 100%, não. No jogo todo foram apenas três cabeçadas, mas numa delas o juiz marcou falta. Então, o aproveitamento foi bom, não?".

Do lado remista, havia um remanescente de quando ele estava na base do Baenão. O volante Jhonnatan, que o conhece muito bem, resolveu tirar uma brincadeira com ele. Se soubesse o que viria pela frente, talvez preferisse nem tocar no assunto. "Engraçado que o Jhonnatan me falou para não fazer gol num lance antes de abrirmos o placar."

Amazônia Jornal

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