Audiência no Tribunal Regional de Trabalho analisará documentações de Fgts e Inss reclamadas pelo jogador
Depois de quase um mês de silêncio, angústia e um desfalque considerável no ataque bicolor, o caso do atacante Moisés deve começar a ser resolvido hoje. Às 9h30, a 2ª Vara Trabalhista do TRT-8ª (Tribunal Regional do Trabalho), presidida pela juíza Vanilza de Souza Malcher, será o palco da primeira audiência entre o jogador e o Paysandu. As provas documentais e testemunhais serão analisadas para decidir se o jogador continua vinculado ao clube que tem contrato até novembro de 2014 ou se quebra o vínculo e o libera para, provavelmente, assinar com o Santos-SP.
Moisés acusa do Paysandu de não recolher os valores do FGTS e INSS. Pela Lei Pelé, essas ilegalidades garantiriam a quebra do contrato. O advogado do Papão, Francisco Fidélis, diz que o clube está tranquilo e detém provas para tanto. "Tenho provas reunidas de que o Paysandu não deve nada ao jogador. Os documentos da Caixa Econômica Federal comprovam que houve recolhimento do FGTS e do INSS e os recibos mostram que o clube está em dia com suas obrigações salariais", disse.
O advogado do jogador, Daniel Sena, se diz na mesma situação. Ele afirmou que, se o Paysandu apresentar mesmo as supostas provas, a saída seria uma negociação para que Moisés pudesse tomar o rumo que deseja, já que, inúmeras vezes, deixou claro que quer ser negociado.
Moisés não compareceu a Curuzu para treinar ontem. Comenta-se que, se conseguir sua liberação na Justiça, sua passagem para Santos (SP) já estaria comprada para que, hoje ou amanhã, se apresentasse ao clube da baixada santista.
Principal revelação da base bicolor, Moisés está com 21 anos e foi o artilheiro do Campeonato Paraense com 13 gols. Por conta de uma fratura no pé esquerdo e o problema na Justiça, não chegou a jogar na Série C. O imbróglio todo com o clube começou com uma proposta de empréstimo feita pelo Santos com um pagamento de R$ 100 mil, valor considerado muito baixo pelo presidente Luiz Omar Pinheiro, que encerrou a negociação. O valor da multa rescisória de Moisés é de R$ 2,5 milhões.
Fonte: Amazônia Jornal
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