O bicolor Thiago Potiguar é o fiel da balança. Ele é capaz de desequilibrar o clássico de hoje. O cara é veloz, insinuante e habilidoso. Diretamente, foi o responsável por dois no Campeonato Paraense. Indiretamente... Ele agiu e acabou com a pose da Tuna, do Independente...
A turma, liderada pelo franzino jogador, já assinalou 13 gols em quatro jogos. Não é pouco para o futebol praticado há alguns anos, onde o sistema de defesa floresceu. O negócio anda tão bom que o Paysandu detém o charmoso estigma de melhor ataque do Parazão. Enxerga o Independente, com 10 gols, três estradas atrás.
E não para por aí. Sandro, se escalado para a vaga do contundido Alex Oliveira, é outro atleta habilitado a criar espaços e a observar na frente dos jogadores mais comuns. Nessa toada, definitivamente, Rafael Oliveira não está cansado de se ver em condições de marcar. É o artilheiro do certame, com seis gols. A marca foi alcançada em apenas duas partidas. Se ele tiver num dia daqueles, a zaga do Remo que se cuide.
Aliás, cuidado defensivo é o que mais impressiona no novo Remo, versão 2011 de Paulo Comelli. Rafael Morisco e Paulo Sérgio lideram um esquema que só foi vazado duas vezes. A dupla barrou até o experiente Diego Barros, xerife do último título estadual azul-marinho. Apenas o Cametá conseguiu transpor o paredão do Leão, que deixou de ser representado por um único goleiro. Paredão, agora, é a melhor defesa do campeonato. Durante a semana, San, por exemplo, ganhou as páginas do Bola porque além de um bom defensor, destacou-se marcando gols. É a tal funcionalidade, própria de um empregado padrão. Outro detalhe é que o lateral-esquerdo Marlon foi volante, ou seja, adepto da arte de marcar, de fechar espaço. Na toada azulina, sai goleiro (Léo Rodrigues), entra goleiro (Lopes), e a engrenagem continua andando. Esperto, Comelli sabe que a bola parada, no entanto, pode alterar este rumo. Ele treinou exaustivamente este tipo de jogada.
É fato que os números são frios e, teoricamente, distantes da realidade de um Remo e Paysandu. Tudo é capaz de ruir num dia de circunstâncias opostas às verificadas, até aqui. Quem vai provar o que ganha jogo? Um ataque mais simpatizante do futebol moleque? Ou vence uma defesa séria, cujo segundo nome é trabalho, o terceiro é dedicação e o quarto é atenção.
Diário do Pará
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