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segunda-feira, 27 de junho de 2011

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Domingo, 26 de junho, amanhece com sol forte. Céu azul e branco.

Pego meu carro, empunho minha bandeira, e saio para um desfile pelas ruas de minha morena Belém.

Programa da tarde: ir ao Mangueirão ver meu time jogar. Ver meu time sagrar-se Tricampeão Paraense. Passei a semana toda otimista. Não tinha como dar errado! Afinal, jogaríamos em nossa casa, no calor de nossa torcida.

O time entra em campo sob os aplausos da grande massa torcedora presente no Mangueirão.

De repente vejo que todos os fotógrafos se dirigem ao time do Paysandu, para fazerem a foto para o pôster do tricampeonato. Incrível, havia mais diretores que jogadores. Inclusive um que desesperadamente procurava juntar mais pessoas para participarem daquela foto. Afinal, entrariam para História do Clube. Seria uma foto histórica.

Mais uma vez esqueceram que do outro lado havia 11 homens e que o jogo nem sequer havia começado e que ainda não havia motivos para comemorações.

Até o inicio, tudo decorria como imaginávamos. Via que meu otimismo se somava ao de mais de 20 mil torcedores. Não tinha como dar errado! Sentemos, vamos ver o jogo.

O jogo começa e o meu time parte para cima do adversário e numa cobrança de falta, fizemos 1 x 0. Festa da torcida. Festa nossa.

Eis que mais que de repente, sofremos um gol. 1 x 1, não seria problema, afinal, jogávamos dentro de casa, no calor da torcida, desempataríamos e ganharíamos o jogo. Não tinha como dar errado!

Fim do primeiro tempo. Já perdíamos de 3 x 1 para um time do interior de nosso Estado. Um time que sequer vi os fotógrafos tirarem foto para um possível pôster de campeão.

No segundo tempo, empatamos o jogo e na disputa de pênaltis, perdemos de 3 x 0. Resultado? Independente de Tucuruí, Campeão Paraense de 2011, título inédito para o time e para o Interior do Estado. De alguma forma foi merecido, haja vista sua regularidade e organização.



Não tinha como dar errado! Mas deu, deu tudo errado nesse jogo, reflexo dos erros que vêm sendo cometidos ao longo desses cinco anos de mandato dessa diretoria. As lições não vêm sendo levadas a efeito para se mudar os “rumos” de gestões repletas de erros crassos, que nos levam cada vez mais para o fundo do poço.

Não sei se algum fotógrafo conseguiu fazer essa foto para as páginas dos matutinos.

O que sei é que toda vez que se subestima o adversário, damos forças a eles. Foi assim com o Independente e foi assim contra o Salgueiro, onde até CD gravado já existia.

Quanto à foto do pôster do Paysandu, deve ser entregue aos “Diretores” para que eles guardem como lembrança e como lição para aprenderem de uma vez por todas, de que não se ganha nenhum jogo e nenhum título antes que ele comece e termine.

Ao entrar no Twitter à noite, para minha surpresa, leio mensagem do meu amigo @_mauroguimaraes, dizendo “patrocinadores de uma torcida armada estão de volta. Nada como torcer contra”. Ora, meu amigo, deixe-nos nas arquibancadas onde estamos, torcendo pelo nosso time. Torcer contra? Que absurdo! Talvez pra você não!!! Os culpados pela situação que nosso Clube atravessa não estão nas torcidas organizadas, nem no meio de nós, estão dentro do próprio Clube.

Fomos atacados e achincalhados mais uma vez por seu presidente após o primeiro jogo. Fomos chamados de “Cambada do Mal e de pilantras”, e como tínhamos feito um pacto de silêncio enquanto se disputava o título, nos mantivemos calados, em respeito à Nação Bicolor. Mas a partir de agora, não devemos mais ficar calados, vamos deixar de ser uma chapa de opção, para sermos oposição de verdade. Oposição atuante, cobrando em nome da Torcida e dos sócios, as promessas de campanha. A primeira delas, a homologação e registro em Cartório do Estatuto pela Assembléia Geral. O Paysandu necessita ser legalizado, dentre outras providências.

Outro detalhe, não existe “torcida armada”, existe torcida magoada, enganada, torcida sacaneada, torcida humilhada e triste por essa Diretoria que ali foi colocada por esse Conselho Deliberativo do qual você faz parte, portanto, você também é um dos culpados por essa situação.

É preciso que se pare de procurar culpados pelas derrotas e de se terceirizar insucessos, a torcida não mais aceita ser enganada. É preciso também parar de se olhar pra trás, o Paysandu precisa seguir em frente, ser passado a limpo. Ter projetos para seu futuro. Precisamos nos preocupar em como resolver os problemas, os erros, ao invés de se parar para somente se preocupar com eles. Dessa maneira não vamos evoluir nunca. Vamos ficar patinando nesse atoleiro sem conseguir sair dele.

O meu mundo caiu? Não, não caiu e nem vai cair pela perda de um título. Porque acredito na força de nossa marca e de nossa torcida. Continuo acreditando que o próximo torcedor a se sentar na cadeira de presidente terá a devida competência para separar o joio do trigo, ter um projeto de gestão moderna e atual para implementar e, mais importante ainda, se cercar de pessoas aquilatadas para fazerem e nos devolverem um Paysandu grande, organizado, vencedor e que volte a seu lugar de respeito no cenário esportivo brasileiro.

“Quem tem um sonho não dança”. (Cazuza)

Ubirajara Lima

Veja também:

>> CLASSIFICAÇÃO SÉRIE B 2013

>> TABELA SÉRIE B 2013

>> MÚSICAS DO PAYSANDU

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>> GALERIA DE FOTOS

>> VÍDEOS DO FUNDO DO BAÚ

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