O Paysandu começa a disputar, pelo quinto ano consecutivo, a Série C do Campeonato Brasileiro a partir das 20h30 de hoje. Depois de campanhas desastrosas e outras que ficaram muito perto do acesso, agora a aposta é alta em busca do retorno à Segunda Divisão. O jogo de estreia com o Araguaína-TO terá Roberto Fernandes como técnico e um elenco quase todo composto por atletas mais acostumados a disputar divisões mais altas. Os recursos bicolores estão no limite para finalmente voltar a um Brasileirão não só melhor tecnicamente como bem mais valorizado.
Para a torcida ainda está muito nítida na memória imagens da desclassificação do ano passado, imposta pelo desconhecido Salgueiro-PE e com a Curuzu lotada. Tanto é essa a lembrança mais sentida que a perda do Campeonato Paraense para o Independente, em Belém, parece nem ter tido maior reverberação. Não se viu depois disso nenhum torcedor reclamando. Há uma ansiedade como nunca se viu nos quatro anos anteriores de que dessa vez o time sobre.
Ao todo, foram 13 reforços contratados desde o fim do Campeonato Paraense, sem falar no retorno do meia Thiago Potiguar. No papel, dificilmente há outro grupo dentro da competição que seja mais qualificado. Igual, talvez. Mas teoria é uma coisa e prática é outra. O novo time do Papão é praticamente uma incógnita. Foi apenas meio tempo de um teste relevante, mesmo assim o desentrosamento e o pouco tempo para treinos impediram de que algo de mais fosse mostrado. Os bons mo mentos foram frutos de individualidades.
"A gente sabe que os primeiros jogos serão difíceis, mas o grupo está empenhado. Todos aqui sabem da importância de um bom resultado no primeiro jogo. Temos conversado bastante sobre isso e acredito que poderemos vencer", afirma o zagueiro Márcio Santos. "O time ainda está distante do que pode render, mas estamos caminhando corretamente", diz o volante Rodrigo Pontes. "Foi pouco tempo de trabalho e temos conversado bastante. A cada dia nos entendemos melhor", completa o também volante Charles Vagner. "Podemos não estar bem fisicamente, mas a vontade de todos aqui é enorme. Somos humildes, mas queremos esse acesso acima de tudo", concorda o lateral esquerdo Jean.
A vontade como resposta á falta de entrosamento tem outro complemento por parte dos jogadores que chegaram a pouco. Entre eles, impera a noção de que o Paysandu tem que se impor como não fez nos anos interiores. Não que camisa e tradição, por si só, garantirão qualquer conquista, mas o Papão tem que sempre ser o mandante das ações.
"Não pude acompanhar o que aconteceu antes, mas por mais que o futebol esteja nivelado, o Paysandu tem que se impor por tudo que representa. Pela grandeza do clube e pelas contratações que foram feitas o Paysandu passa a ser o time a ser batido tenho certeza que todos os times vão querer correr mais quando jogarem contra a gente", confirma Rodrigo Pontes. "Temos que saber que o time grande é o Paysandu. Vamos em busca de um resultado positivo, do primeiro ao último jogo será assim", conclui o lateral-esquerdo Fábio.
ARAGUAÍNA-TO
Juan; Marquinhos, Marcelo e Paulo Oiliveira; Ricardo Feltre, Jóbson, Paulo Roberto, Giba (Daniel) e Marco Aurélio; Joãozinho e Jóssion. Técnico: Léo Goiano.
PAYSANDU
Alexandre Fávaro; Sidny, Márcio Santos, Vagner e Jean; Charles Vagner, Rodrigo Pontes, Fábio e Robinho; Héliton e Rafael Oliveira. Técnico: Roberto Fernandes.
Local: Leôncio Miranda (Araguaína).
Horário: 20h30.
Ingresso: R$ 30,00.
Árbitro: Fabrício Nery Trindade (GO)
Assistentes: Evandro Gomes Ferreira (GO) e Gilvan Cavalcante dos Santos (TO) / Quarto-Árbitro: Francisco Leone de Oliveira (TO).
Amazônia Jornal
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