O volante Vânderson é um dos entusiastas dessa possibilidade. Para ele, seria um jeito de quebrar essa sequência apenas de treinamentos. "Seria bom porque mesmo sendo amistoso serve como um jogo treino que todo mundo gosta de atuar. Seria interessante, mas vamos deixar isso nas mãos do Andrade e da comissão. O que eles decidirem será aceito pelos jogadores numa boa", disse. "Eu espero que (a diretoria) possa acertar logo um amistoso para a gente continuar nesse ritmo de jogo para que não percamos muito essa forma."
Uma das poucas vozes dissonantes é a do goleiro Alexandre Fávaro, que é incisivo ao perguntar qual seria a vantagem de se fazer um jogo desses nesse momento decisivo da Terceirona. "Vai fazer jogo amistoso agora, no final do ano, para quê? Não serve para nada, só para machucar jogador. Tem que ficar aqui, trabalhando aqui mesmo e esperar pelos jogos."
Amazônia Jornal
1 comentários:
Notícia extraída da coluna de Carlos Ferreira 21/10/2011 – Ao justificar a demissão de Édson Gaúcho, o presidente Luis Omar disse em coletiva que 'técnico não ganha jogo'. Pois bem! Andrade é o 13º técnico em três anos e dez meses da 'era' Luis Omar no Papão. Média acima de três técnicos por temporada. Dá para imaginar quantos seriam se o presidente bicolor desse importância aos técnicos?
Desde 2008, trabalharam na Curuzu sob as ordens de Luis Omar os treinadores Givanildo Oliveira, Édson Boaro, Charles Guerreiro, Dário Lourenço, Édson Gaúcho, Valter Lima, Nasareno Silva, Luis Carlos Barbieri, Charles Guerreiro (segunda vez), Sérgio Cosme, Roberto Fernandes e Édson Gaúcho (segunda vez). No período, o Paysandu recebeu 132 jogadores, além de 32 profissionais para a comissão técnica, entre treinadores, auxiliares, preparadores físicos, preparadores de goleiro e um gerente. No total, 164 contratações em menos de quatro anos. Isso tudo para o clube patinar na Série C, com o consolo de dois títulos estaduais.
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Comentários:
1) Qualquer um, entenderia o que o presidente Luis Omar quis dizer. Diante do impasse criado, o que seria melhor? Mandar embora jogadores ou o técnico. O presidente avaliou que seria melhor dispensar o técnico. Errou? Nunca saberemos porque não se pode voltar no tempo e refazer a decisão. Mas “recortar” uma palavra do seu contexto, com certeza, priva-a do seu significado original. Assim, a palavra esvaziada pode adquirir o significado que se queira dar. Políticos, advogados, sabem muito bem usar essa técnica para convencer, manipular e obter o que lhes interessa. A prática é antiga, os sofistas gregos já a usavam.
2) Quanto ao número excessivo de contratações praticado pela gestão bicolor nos últimos anos, é verdade. Mas a fórmula do bode expiatório não cabe aqui. A responsabilidade deve ser compartilhada. A mídia marrom não tem contribuído para isso? Não é a primeira a botar pilha, sistematicamente, dos fracassos bicolores, dos tabus negativos? Do número de anos na serie C? Não contribui para o desgaste da imagem do Paysandu, para a diminuição da auto-estima bicolor? De onde vem toda essa pressão? Nada dá certo! Nos últimos anos, qual é o jogador que se afirmou no Paysandu? Qual foi o técnico que recebeu aprovação? Cargas d´água, o mesmo cara que não deu certo vai jogar no clube A, B ou C e arrebenta, por quê? Não são dois metros e duas medidas?
3) Não se pode esquecer em qualquer análise, o fato do Paysandu pertencer a uma região, onde as dificuldades são inúmeras. Exigir práticas de gestão de “primeiro mundo” não é no mínimo bizarro? Vejam o exemplo que a entidade máxima, CBF, acabou de dar na serie C. Houve respeito pelo torcedor, pelos clubes, pelos patrocinadores, pela própria mídia, marrom ou não? Quem vai arcar com os prejuízos?
4) É muito fácil para um que está do lado de fora, analisar, criticar, sobretudo depois que já aconteceu. Além disso, há uma evidente politicagem por baixo do pano. No entanto, a mídia marrom não pode esquecer que o Paysandu é uma Instituição amada por milhões de pessoas. Essas pessoas merecem responsabilidade, respeito, ética e imparcialidade. Não são apenas os dirigentes, os jogadores, os árbitros, os treinadores que têm de melhorar. Tudo têm de melhorar, inclusive a mídia esportiva. Os resultados do Brasil no Pan não indicam isso? Melhora o país economicamente, melhora o esporte amador.
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