terça-feira, 1 de novembro de 2011

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Sandro, um ídolo na contramão


Em 2007, quando sagrou-se bicampeão gaúcho pelo Grêmio, Sandro declarou para este colunista que planejava encerrar a carreira no Paysandu, que já estava na Série C. Escrevi sobre o assunto na época, destacando a paixão que Sandro manifestara pelo Papão. Três anos depois, aos 36 anos, o atleta voltava a vestir alviceleste, com grande importância na conquista do título estadual de 2010. A lua de mel, no entanto, virou lua de fel, a partir do 'Salgueiraço' (derrota para o Salgueiro/PE, que eliminou o Papão na Série C em plena Curuzu).

Enquete do jornalista Ferreira da Costa consultando profissionais da imprensa e tradicionais bicolores, colocou Sandro no time do Paysandu de todos os tempos, junto com Castilho; Oliveira, Gilvandro, João Tavares, Paulo Tavares; Quarentinha, Chico Espina, Robilota; Bené e Ércio. Nada mais justo por tudo o que Sandro jogou e conquistou com a camisa bicolor. Por erros que deve reconhecer, principalmente o de ter-se calado por mais de um ano, enquanto era 'bombardeado', Sandro virou um ídolo na contramão e acabou atropelado. As hostilidades são tantas que não está podendo freqüentar lugares públicos em Belém para se preservar, conforme declarou na entrevista ao colunista Abner Luiz. Agora, está reagindo no papel de 'Judas'. E como já disse que não vai abrir mão de nada do que o clube lhe deve, vai continuar sendo alvo preferencial. Um fim de carreira inverso a tudo o que Sandro sonhou quando resolveu voltar ao clube que o projetou.

Sandro está vivendo na Curuzu o que Artur, Belterra, Gian e outros vitoriosos sofreram no Baenão. Fica para cada torcedor bicolor a avaliação dos fatos e das circunstâncias, assim como decisão de lembrar de Sandro como herói ou como vilão.

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