Garotada bicolor espera ser valorizada

Rodrigo Salomón, Martín Cortez, Mariano Rubbo, Alex Oliveira, Josiel, Charles Vagner, Diogo Galvão... Estes são apenas alguns exemplos de jogadores contratados com a missão de defender bem o Paysandu nesta temporada, mas que pouco ou quase nada contribuíram ao time dentro das quatro linhas, embora a maioria tivesse um salário elevado. Alguns deles, aliás, sequer jogaram. Ocuparam as salas do departamento médico bicolor por longos meses, tudo bancado pelo clube.
Após novos fracassos em mais um ano marcado por derrotas, tanto no Campeonato Paraense, como no Brasileiro, o presidente alviceleste, Luiz Omar Pinheiro, prometeu repensar o critério de contratações, além de dar mais oportunidade aos atletas das divisões de base. Ontem, na reapresentação do elenco bicolor, a garotada, a maioria entre os jogadores do grupo, desabafou. “Eu acho que esse é o caminho (apostar na base), porque tem muita gente que vem aí de fora e nem joga, só faz roubar o Paysandu e depois vai embora. Já a garotada daqui está querendo, busca sempre jogar na equipe principal e eu garanto a vocês que vontade não vai faltar no próximo ano”, ressalta o atacante Luan, 19 anos.
O pensamento dos novos atletas também é abraçado pelo técnico Nad, que já assumiu o Papão em outras épocas, em situações similares. “Em 1997, o Paysandu estava nessa mesma condição financeira. Naquela época a diretoria precisou acertar com todos os jogadores e depois liberá-los, então nós tivemos de trabalhar com a categoria de base. Foi a base também que comandou o Paysandu na conquista dos títulos do bicampeonato brasileiro, Copa Norte, Copa dos Campeões”, argumenta.
Nad avisa ainda que só pretende solicitar contratações à diretoria depois de conhecer melhor o grupo, para evitar o mesmo erro dos últimos anos, em que o Papão contratou em massa, mas poucos jogadores corresponderam.

Diário do Pará