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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

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Pelo quinto ano a fiel vê a história se repetir, mais uma vez fracasso, o tão esperado acesso e retorno a série B não se concretiza, frustração, lamentos e desespero tomam conta da nação alvi-celeste em toda a amazônia. Agora, vive-se como sempre, a procura de culpados pelo insucesso que tem como vítima maior uma nação de apaixonados pelas cores do Paysandu Sport Club.
Essa questão do culpado ou dos culpados pelos sucessivos fracassos deve ser analisada a partir da seguinte indagação: Por que o club está a cinco anos tentando sair da terceira divisão e não consegue ? A resposta a esta indagação pode ser sintetizada em duas palavras, falta de planejamento. Esta é a raiz da questão, insucessos e culpados são consequencias de um problema estrutural, ou seja, é resultado da falta de planejamento e da falta de uma gestão profissional no verdadeiro sentido.
Em 2012, o Paysandu completará 98 anos e estará a dois anos de seu centenário e em todos estes anos de sua existência a cultura sempre foi a da direção de improviso, centralizada nas figuras dos presidentes e colaboradores. É a cultura do trinômio presidente, diretor de futebol e colaboradores, trabalhando com as diretivas da emotividade, do impulso, improviso e do imediatismo. Historicamente, as chapas eleitas para dirigir o clube nunca apresentam um projeto, um programa, elegem-se unicamente com promessas vagas. O estatuto do clube é ultrapassado, mutila a democracia, pois impede que o conjunto dos associados elejam direção e conselho deliberativo.
Os anos oitenta instituiram uma nova ordem no futebol profissional brasileiro, o símbolo maior desta nova ordem foi a criação do clube dos treze. A nova ordem estabelece o conceito de gestão profissional do futebol, do futebol como grande negócio e do ingresso do marketing no futebol. Atualmente nesta nova ordem, um trinômio se destaca, são eles: patrimônio gerador de receitas, centros de treinamentos e modernas arenas multi-uso; aliado a este trinômio ações de marketing planejadas.
O que ocorre com o Paysandu e outros clubes do norte é que ainda não se adequaram a esta nova ordem, se um grande clube não está preparado para esta realidade evidentemente não obterá os benefícios necessários, ao contrário, será unicamente explorado para benefícios de terceiros e de instituições que veem no Paysandu um verdadeiro eldorado para explorar em benefício próprio. O Paysandu pode não ter planejamento e profissionais de marketing; mas os que tiram enorme proveito da marca Paysandu todos eles tem, ou no mínimo, possuem o devido conhecimento desta nova ordem do futebol profissional e do marketing.
A realidade atual não comporta viver de renda de bilheteria como fonte de receita principal. É preciso investir em patrimônio gerador de receitas, negociar bem com patrocinadores e valorizar a marca clube de massas.
Uma outra questão importante, é preciso esclarecer o quanto o Paysandu recebe de cada um dos anunciantes que estampam suas marcas na camisa do clube; quanto arrecada nos anúncios exibidos interna e externamente em seu estádio; é preciso saber quanto mídias como o site oficial do clube geram de receitas para o Paysandu, isto tudo se tornou uma verdadeira caixa preta que a presidencia e o conselho deveriam esclarecer para a fiel torcida.
Um clube da grandeza do Paysandu precisa de um planejamento estratégico para resolver questões de curto, médio e longo alcance. Um projeto estratégico para ser seguido por qualquer que seja a chapa eleita e independente de situação ou oposição dentro do clube.
Um projeto como o sócio torcedor não poderá dar certo, pois o Paysandu não tem o que oferecer para o associado, a curuzú é antiga, ultrapassada e sem conforto. A sede social esta longe de oferecer o que os modernos centros de lazer oferecem é totalmente ultrapassada. Um moderno centro de treinamento gerador de recursos onde a torcida pudesse frequentar é coisa que passa longe do pensamento de presidentes e diretores.
Neste quinto ano perdemos a vaga para o América de Natal, o América possui uma moderna sede social, um moderníssimo centro de treinamento em área de 22 hectares ( CT Abílio Medeiros ) e na semana da decisão contra o Papão fez o lançamento da pedra fundamental para construção de seu moderníssimo estádio, uma arena multi-uso denominada arena do dragão. O seu rival o ABC não fica atras em patrimônio e estrutura, exemplo disto é o estádio de propriedade do ABC o Frasqueirão. Tudo isto em uma capital que esta construindo uma moderníssima arena para a copa de 2014.
E por falar em copa 2014, é o ano de nosso centenário e até o momento não existe nenhum planejamento sequer para as comemorações do nosso centenário; onde o clube pudesse obter uma ótima receita com esta data festiva e histórica para nosso Papão.
Enquanto não temos uma diretoria e presidente que nos apresente um projeto estratégico, vamos levando e torcendo pelo nosso amado clube e procurando culpados pelos fracassos dentro de campo.

Lázaro Ferreira Rodrigues
Torcedor fanático do Paysandu Sport Club

Veja também:

>> CLASSIFICAÇÃO SÉRIE B 2013

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>> VÍDEOS DO FUNDO DO BAÚ

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1 comentários:

Anônimo disse...

A passeata foi um fracasso total, um verdadeiro fiasco. Isso confirma o que a maioria da torcida bicolor já sabia: atacar o Presidente, tomado como bode expiatório não era uma motivação suficiente, era fraca demais. Além do mais, a passeata foi intensamente divulgada pela mídia marrom e, qual bicolor acredita neles?

A mídia marrom não se cansa de implicar com o Paysandu. Seria curioso contar quantas vezes, por exemplo, a palavra fracasso aparece associada ao Paysandu. Tenho a impressão que chegaria facilmente à ordem do milhar! O mais contraditório é que não há no horizonte do nosso falido futebol paraense nenhum clube que possa ser apontado como um modelo de gestão bem sucedida, de sucesso. A Tuna? O Independente?
São Raimundo? Castanhal?
Aquela coisa do outro lado da avenida?
Não estaria há 3 anos sem ganhar um turno sequer no Parazão?
Endividado?
Aliás, não estaria este último, sem serie? Não estaria por isso fazendo amistosos caça-níquel com times amadores pelo interior do Pará?

No entanto, só o Paysandu é, sistematicamente, associado à fracasso. Só o Paysandu é apontado, implacavelmente, como um clube sem planejamento, que não sabe contratar, etc., etc. Eu pergunto: tem um clube no futebol profissional do Pará que deu ou dá show de contratação? Tem algum que pode ser apontado como exemplo de planejamento? Aliás, o nosso futebol paraense, como um todo, incluindo a mídia especializada, nesse sentido, poderia se orgulhar de alguma coisa?

Ultimamente, aproveitando o descontentamento da torcida bicolor a metralhadora da mídia marrom enguiçou na direção do bicolor paraense e não muda de rumo. A cegueira tomou conta. Virou ataque pessoal. Obsessão com cheiro de revanchismo: “agora, que estás por baixo, vais me pagar”.

A mídia marrom se coloca acima do bem e do mal, tem a cara de pau de cobrar o que não pratica. É arrogante. Mas o tempo é implacável. Mata a todos, também os abutres, as hienas, aqueles que se aproveitam da fraqueza alheia para seus próprios fins... Flores aos amigos, cacete nos inimigos e que se dane a qualidade da informação. O mesmo jogo sujo dos políticos, dos poderosos... Que se dane a verdade!

Mas a credibilidade da informação não é ouro? Quem acredita no mentiroso? Quem compra novamente o mesmo produto depois de enganado? Uma fonte de informação sem credibilidade é como político corrupto. Ninguém acredita mais.

Aprendi a ter paciência e a esperar por dias melhores. A mídia marrom não pode ser eterna! Sou feliz, sou Paysandu, Graças a Deus!