Essa questão do culpado ou dos culpados pelos sucessivos fracassos deve ser analisada a partir da seguinte indagação: Por que o club está a cinco anos tentando sair da terceira divisão e não consegue ? A resposta a esta indagação pode ser sintetizada em duas palavras, falta de planejamento. Esta é a raiz da questão, insucessos e culpados são consequencias de um problema estrutural, ou seja, é resultado da falta de planejamento e da falta de uma gestão profissional no verdadeiro sentido.
Em 2012, o Paysandu completará 98 anos e estará a dois anos de seu centenário e em todos estes anos de sua existência a cultura sempre foi a da direção de improviso, centralizada nas figuras dos presidentes e colaboradores. É a cultura do trinômio presidente, diretor de futebol e colaboradores, trabalhando com as diretivas da emotividade, do impulso, improviso e do imediatismo. Historicamente, as chapas eleitas para dirigir o clube nunca apresentam um projeto, um programa, elegem-se unicamente com promessas vagas. O estatuto do clube é ultrapassado, mutila a democracia, pois impede que o conjunto dos associados elejam direção e conselho deliberativo.
Os anos oitenta instituiram uma nova ordem no futebol profissional brasileiro, o símbolo maior desta nova ordem foi a criação do clube dos treze. A nova ordem estabelece o conceito de gestão profissional do futebol, do futebol como grande negócio e do ingresso do marketing no futebol. Atualmente nesta nova ordem, um trinômio se destaca, são eles: patrimônio gerador de receitas, centros de treinamentos e modernas arenas multi-uso; aliado a este trinômio ações de marketing planejadas.
O que ocorre com o Paysandu e outros clubes do norte é que ainda não se adequaram a esta nova ordem, se um grande clube não está preparado para esta realidade evidentemente não obterá os benefícios necessários, ao contrário, será unicamente explorado para benefícios de terceiros e de instituições que veem no Paysandu um verdadeiro eldorado para explorar em benefício próprio. O Paysandu pode não ter planejamento e profissionais de marketing; mas os que tiram enorme proveito da marca Paysandu todos eles tem, ou no mínimo, possuem o devido conhecimento desta nova ordem do futebol profissional e do marketing.
A realidade atual não comporta viver de renda de bilheteria como fonte de receita principal. É preciso investir em patrimônio gerador de receitas, negociar bem com patrocinadores e valorizar a marca clube de massas.
Uma outra questão importante, é preciso esclarecer o quanto o Paysandu recebe de cada um dos anunciantes que estampam suas marcas na camisa do clube; quanto arrecada nos anúncios exibidos interna e externamente em seu estádio; é preciso saber quanto mídias como o site oficial do clube geram de receitas para o Paysandu, isto tudo se tornou uma verdadeira caixa preta que a presidencia e o conselho deveriam esclarecer para a fiel torcida.
Um clube da grandeza do Paysandu precisa de um planejamento estratégico para resolver questões de curto, médio e longo alcance. Um projeto estratégico para ser seguido por qualquer que seja a chapa eleita e independente de situação ou oposição dentro do clube.
Um projeto como o sócio torcedor não poderá dar certo, pois o Paysandu não tem o que oferecer para o associado, a curuzú é antiga, ultrapassada e sem conforto. A sede social esta longe de oferecer o que os modernos centros de lazer oferecem é totalmente ultrapassada. Um moderno centro de treinamento gerador de recursos onde a torcida pudesse frequentar é coisa que passa longe do pensamento de presidentes e diretores.
Neste quinto ano perdemos a vaga para o América de Natal, o América possui uma moderna sede social, um moderníssimo centro de treinamento em área de 22 hectares ( CT Abílio Medeiros ) e na semana da decisão contra o Papão fez o lançamento da pedra fundamental para construção de seu moderníssimo estádio, uma arena multi-uso denominada arena do dragão. O seu rival o ABC não fica atras em patrimônio e estrutura, exemplo disto é o estádio de propriedade do ABC o Frasqueirão. Tudo isto em uma capital que esta construindo uma moderníssima arena para a copa de 2014.
E por falar em copa 2014, é o ano de nosso centenário e até o momento não existe nenhum planejamento sequer para as comemorações do nosso centenário; onde o clube pudesse obter uma ótima receita com esta data festiva e histórica para nosso Papão.
Enquanto não temos uma diretoria e presidente que nos apresente um projeto estratégico, vamos levando e torcendo pelo nosso amado clube e procurando culpados pelos fracassos dentro de campo.
Lázaro Ferreira Rodrigues
Torcedor fanático do Paysandu Sport Club
1 comentários:
A passeata foi um fracasso total, um verdadeiro fiasco. Isso confirma o que a maioria da torcida bicolor já sabia: atacar o Presidente, tomado como bode expiatório não era uma motivação suficiente, era fraca demais. Além do mais, a passeata foi intensamente divulgada pela mídia marrom e, qual bicolor acredita neles?
A mídia marrom não se cansa de implicar com o Paysandu. Seria curioso contar quantas vezes, por exemplo, a palavra fracasso aparece associada ao Paysandu. Tenho a impressão que chegaria facilmente à ordem do milhar! O mais contraditório é que não há no horizonte do nosso falido futebol paraense nenhum clube que possa ser apontado como um modelo de gestão bem sucedida, de sucesso. A Tuna? O Independente?
São Raimundo? Castanhal?
Aquela coisa do outro lado da avenida?
Não estaria há 3 anos sem ganhar um turno sequer no Parazão?
Endividado?
Aliás, não estaria este último, sem serie? Não estaria por isso fazendo amistosos caça-níquel com times amadores pelo interior do Pará?
No entanto, só o Paysandu é, sistematicamente, associado à fracasso. Só o Paysandu é apontado, implacavelmente, como um clube sem planejamento, que não sabe contratar, etc., etc. Eu pergunto: tem um clube no futebol profissional do Pará que deu ou dá show de contratação? Tem algum que pode ser apontado como exemplo de planejamento? Aliás, o nosso futebol paraense, como um todo, incluindo a mídia especializada, nesse sentido, poderia se orgulhar de alguma coisa?
Ultimamente, aproveitando o descontentamento da torcida bicolor a metralhadora da mídia marrom enguiçou na direção do bicolor paraense e não muda de rumo. A cegueira tomou conta. Virou ataque pessoal. Obsessão com cheiro de revanchismo: “agora, que estás por baixo, vais me pagar”.
A mídia marrom se coloca acima do bem e do mal, tem a cara de pau de cobrar o que não pratica. É arrogante. Mas o tempo é implacável. Mata a todos, também os abutres, as hienas, aqueles que se aproveitam da fraqueza alheia para seus próprios fins... Flores aos amigos, cacete nos inimigos e que se dane a qualidade da informação. O mesmo jogo sujo dos políticos, dos poderosos... Que se dane a verdade!
Mas a credibilidade da informação não é ouro? Quem acredita no mentiroso? Quem compra novamente o mesmo produto depois de enganado? Uma fonte de informação sem credibilidade é como político corrupto. Ninguém acredita mais.
Aprendi a ter paciência e a esperar por dias melhores. A mídia marrom não pode ser eterna! Sou feliz, sou Paysandu, Graças a Deus!
Postar um comentário