A doença de dona Raimunda Cordeiro foi descoberta em setembro. Na época, o treinador bicolor era Edson Gaúcho, que encontrou Paulo Victor chorando sozinho no vestiário da Curuzu, antes do treino. O jeito durão do ex-técnico do time, no entanto, caiu juntamente com as lágrimas do goleiro. “O Gaúcho me viu e quis saber o que se passava comigo. Fomos para a sala, eu contei tudo e ele chorou junto comigo. Depois disso, o professor ainda reuniu com os jogadores no campo, como sempre fazia; começou a falar sobre o problema da mamãe e chorou de novo na frente de todos”, revela Paulo, comovido com a atitude de Edson Gaúcho que, além da solidariedade, também exigiu apoio financeiro da direção do clube. “O meu salário estava atrasado há três meses, então o Gaúcho chamou o ‘Louro’ e pediu para que pagassem tudo de uma vez só”, conta, grato.
Depois de oito sessões de quimioterapia, a mãe de Paulo Victor já está em fase de recuperação. Durante este período, o goleiro também teve de lutar contra o desgaste físico. “Meu papai trabalha de manhã, então quando nós estávamos na Série C eu dormia todos os dias no hospital e ia direto para o treino, sempre com sono por não dormir direito, mas mesmo assim eu ia”. Há vinte e sete dias no hospital, dona Raimunda ainda precisa de transfusões de plaquetas sanguíneas, mas Paulo ressalta que o pior já passou e conta os dias para tê-la em casa. Já a mamãe do goleiro comemora a recuperação. “Estou muito feliz por estar melhor. Quero agradecer a todos que me ajudaram, com doação de sangue”, ressalta, brincando em seguida. “Se eu estou bem, o meu filho não toma gol (risos)”.
Diário do Pará
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