Sem tempo para treinar, o técnico Lecheva já colocou o seu dedo na formação da onzena inicial. O lateral Jairinho, titular absoluto e que disputou todos os nove jogos do Papão no Paraense, não foi nem relacionado no grupo que seguiu viagem para Rondônia. No lugar dele, aparece o lateral Brayan, que não vinha sendo relacionado para as partidas.
Para o jogo, o técnico bicolor não deve fazer grandes mudanças no time, tudo para respeitar o entrosamento que o grupo vem adquirindo e também por ainda não ter tido a oportunidade de trabalhar tática e tecnicamente. Para Lecheva, a expectativa é boa, entretanto. “Eles não desaprenderam a jogar futebol, o grupo tem qualidade”, falou Lecheva. A única dúvida do treinador é a escalação do meia Robinho, que sentiu o ombro durante a partida passada e ainda deverá passar por uma checagem final antes de entrar em campo. Thiago Potiguar e Leandrinho brigam pela provável vaga no meio-campo.
O Papão enfrentará o clube mais jovem do estado de Rondônia. Fundado em 2008, o Espigão acumula dois títulos estaduais, o da 2º divisão, em 2009, e o da 1º divisão de Rondoniense, em 2011, credenciando-se para disputar pela primeira vez a Copa do Brasil. A cidade está mobilizada para esta partida, tanto que o prefeito da cidade de Espigão do Oeste reformou o modesto estádio Luizinho Turatti para receber o Paysandu.
A apreensão de torcedores é saber qual será o Paysandu que entrará em campo hoje. Será a equipe leve e rápida de alguns jogos do estadual ou será o time apático e sem força que perdeu para o São Francisco? Veremos...
A amizade de Lecheva e Vanderson
Para a sua primeira partida comandando o Paysandu neste ano, o técnico Lecheva espera que o seu retrospecto na frente do Papão se repita contra o Espigão, sendo assim a equipe retornará classificada de Rondônia. “Em termos de resultado, eu espero que seja a mesma coisa. Se eu não me engano, foram seis jogos e seis vitórias e só sofri um gol. Foram seis vitórias com o placar de três gols com apenas um deles por 3 a 1”. Mas Lecheva reconhece que a responsabilidade de disputar uma Copa do Brasil é bem maior. “A equipe do Paysandu não tem um histórico muito bom, mas eu confio”.
O treinador interino comemora o retorno de Vanderson. O jogador esteve suspenso na partida anterior, mas há uma ressalva. “Eu ainda espero mais do Vanderson. É um dos jogadores mais experientes do grupo, um dos mais vencedores, e ainda acho que falta um pouquinho dele, principalmente em termos de liderança. Eu respeito a individualidade de cada um, o caráter de cada um, e o Vanderson não é um cara de estar falando, mas eu preciso mais dele. Eu preciso de um líder porque a nossa equipe é carente disso”.
Vanderson recebeu a cobrança com naturalidade. “A amizade com ele é fora de campo, eu considero o Lecheva como um irmão. Tenho poucos amigos no futebol e ele é um deles. Confio no trabalho dele, assim como ele confia no meu”.
Diário do Pará

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