Rafael Oliveira pode ir para o Sport

Em 2012, Rafael Oliveira não ostenta um cartel tão favorável assim. Ele tem apenas dois gols – um com a camisa da Portuguesa (SP) e outro pelo Paysandu, em partida válida pela Copa do Brasil. Ano passado, porém, foi um dos artilheiros do Brasil: fez 27 gols, atuando com a camisa bicolor no Campeonato Paraense e no Brasileiro da Série C. O desempenho rendeu convites para clubes do porte da Lusa paulista. Ele teve um início animador, fez gol em um amistoso contra o poderoso Corinthians. Mas a sua sequência o tornou dispensável. Logo, voltou pra casa. Voltou pra Curuzu.

Desde então, porém, o atleta viu o seu nome constantemente envolvido em especulações. Ao que parece, o agente de Rafael Oliveira considera que o futebol paraense não é o limite do jogador. Ontem, a informação era de que o empresário, que detém 50% dos direitos do jogador, estava disposto a conversar com o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro. A ideia do agente, cujo nome não foi revelado, é comprar a parte que cabe ao Paysandu no passe do jogador, o que equivale a 20%. Ainda de acordo com o noticiário, o clube deve quatro parcelas de salários no valor de R$ 4.600, cada, ao atleta. Dessa forma, o empresário assumiria os custos da dívida e o Paysandu repassaria a sua parte nos direitos econômicos do jogador.
Especula-se que o Sport (PE) e o Avaí (SC) estão interessados no futebol do centroavante. O dia de hoje reserva uma definição. Até o fechamento desta edição, seguia os questionamentos. As partes podem negar, mas a informação pode ser uma tentativa de valorizar um das revelações da Curuzu mais eficientes dos últimos tempos.

Grandalhão Kiros pode ser o substituto de Rafael
Com inúmeras dúvidas para compor o meio campo do Paysandu, o técnico Roberval Davino, pelo menos, definiu quem será o atacante referência da equipe, até o momento, para a estreia na Série C do Campeonato Brasileiro. Com os seus 1,95m, Kiros ganhou a preferência do treinador e segue firme na posição.
Porém, com o esquema adotado, Kiros ficou meio isolado do restante da equipe, esperando uma boa movimentação dos companheiros, que devem chegar ao ataque para dar o suporte ao centroavante. “É tranquilo para mim. Eu fiz isso quando jogava no meu time, no Porto (PE) e Santa Cruz (PE). Mas se o professor optar por eu jogar saindo da área para ajudar a equipe, eu farei”, pondera Kiros, que expressou sua preferência em seguida: “É bom estar com um jogador mais rápido ao lado, que daí fica mais tranquilo dentro da área”.

Só treinando, e com esse imbróglio de que a Série C pode ficar parada por até 90 dias, Kiros vai na contramão da maiorias de seus companheiros com relação à ansiedade. O atacante considera a paralisação boa para que a equipe possa se conhecer ainda mais e ficar bem entrosada.
O tempo de treinamento também servirá para que o jovem pernambucano possa conhecer Belém. Há uma semana na capital paraense, o jogador ainda não deu aquele passeio pela cidade, sequer visitou os pontos turísticos. Kiros recebeu boas dicas dos companheiros de clube. “Sim, deu para dar uma voltinha, perceber que a cidade é bem quente mesmo”, conta. “Deu para ver também que as meninas e o pessoal todinho são gente boa”, fala, rindo.

Diário do Pará