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terça-feira, 19 de junho de 2012

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Após a reunião definitiva realizada no início da tarde de ontem do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), apenas Treze-PB e Brasil-RS continuarão com ação nos tribunais comuns, sendo que a do Brasil já foi derrubada. Araguaína-TO e Rio Branco-AC aceitaram retirar seus processos e o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, escolhido para mediar as tratativas, avisou que dará início nesta semana aos procedimentos para responsabilização dos dois clubes que insistiram em não acatar as decisões da esfera desportiva.
Ele, contudo, não dá previsão oficial de início das Séries C e D do Brasileiro. Esta decisão deve ser tomada até hoje na CBF. A possibilidade mais provável é que seja iniciada a Série D, pois o Treze, se não conseguir garantir a vaga na C, não disputará nenhuma competição, e também o grupo da Série C que não inclui os clubes envolvidos no imbróglio judicial.

O diretor de competições da CBF, Virgílio Elíseo, que participou do encontro, preferiu o silêncio, alegando se tratar de um tema jurídico e pedindo que os jornalistas presentes procurassem o diretor jurídico da entidade, Carlos Eugênio Lopes. Schmitt, contudo, esclareceu que, enquanto o Treze-PB estiver protegido por liminar judicial, não poderá sofrer sanções da CBF, mas que a entidade fará uso provavelmente das penas mais pesadas previstas no seu estatuto, o que pode significar até mesmo a desfiliação, tão logo consiga reverter esse quadro.

"Vamos iniciar a formulação da denúncia nesta semana e apresentaremos ao presidente do STJD (Rubens Approbato). Claro que se nesse tempo houver novas desistências de ações, os clubes que desistirem na Justiça comum também serão excluídos da ação de responsabilização. Em princípio, serão o Brasil de Pelotas e o Treze, que resolveram não retirar as ações em prol do início dos campeonatos."

Sobre a possibilidade de começar as competições imediatamente, Schmitt explicou: "Vamos avaliar se é possível iniciar os campeonatos com a CBF e com o Santo André, autor do mandado de garantia no STJD. A liminar do Brasil já caiu, só resta o Treze. Vamos analisar o início do torneio sem a realização de partidas dos clubes envolvidos, não sei se existe essa possibilidade de imediato com essa pendência judicial a favor do Treze.

Apesar da possibilidade de a Série D começar, Carlos Eugênio Lopes ressalta que ainda não dá para confirmar. "A princípio é possível começar a Série D, mas na dá para afirmar isso ainda. É preciso analisar todas as implicações das decisões que foram tomadas. O Treze-PB ainda vai examinar se retira a ação ou não. Amanhã vamos ver se decidimos o que fazer".

Schmitt deu a entender ainda que as instituições que se sentirem prejudicadas com a paralisação das Séries C e D, que deveriam ter começado nos dias 26 e 27 de maio, respectivamente, devem responsabilizar o Treze.

"É o único clube impedindo o início das competições na via judicial. Quem quiser cobrar essa responsabilidade, que cobre do Treze. Não teremos mais nenhum outro tipo de reunião ou conversa com nenhum clube. Daremos imunidade para os clubes que se comprometeram em retirar as ações, mas preciso da prova de que de fato retiraram, e isso leva um tempo, há um procedimento."

Amazônia Jornal

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