Autor do passe para o gol de Kiros, que empatou o jogo contra o Guarany-CE, o meia Harison aprovou a própria atuação e agora faz lobby por sua manutenção no time titular. Cauteloso ao comentar as diferenças de seu estilo de jogo em comparação ao do concorrente Leandrinho, ele lembra a importância de um grupo qualificado e focado, citando o atual campeão da Libertadores, Corinthians, como modelo a ser seguido.
Acostumado a ser titular por onde passou, o meia Harison não escondeu a chateação pelo período em que ficou no banco de reservas. Porém, o jogador foi político ao comentar as opções de Roberval Davino para o meio-campo bicolor. Harison fez questão de elogiar Leandrinho, que tem sido seu concorrente direto, mas destacou as diferenças táticas que cada esquema possui. "Sou um jogador que cria jogadas e vira a bola em campo. Meias de ligação, como eu e Alex William, têm características diferentes das do Leandrinho, que ajuda muito na recomposição da equipe, e é um grande jogador, muito versátil", disse ele, destacando que as múltiplas opções devem ser um trunfo ao longo da Série C.
Para justificar a opinião, ele cita o exemplo do Corinthians-SP, campeão da Libertadores mesmo sem nenhum craque, mas com um banco com peças de reposição à altura dos titulares. Harison lembra que o banco do Papão também é bastante atuante. "No nosso banco fica todo mundo gritando. O Dalton (goleiro reserva) parecia um maluco gritando, o juiz teve que mandar ele se sentar. Estamos ali para ajudar. O jogo tem vários detalhes e às vezes o grito de um companheiro do banco alerta o jogador que está em campo", garantiu.
Harison ainda se defendeu de seus críticos, que afirmam que o jogador está fora de forma. "Nem dou trela para isso. Se estivesse gordo como falam não estaria nem treinando e muito menos sendo utilizado como titular pelo Roberval Davino. Não sou um jogador magro, nunca fui. Sou um jogador forte, com uma estrutura óssea forte", analisou.
Dificuldades no Ceará acenderam a garra do grupo
A dificuldade que o Paysandu enfrentou para conseguir hospedagem no Ceará (leia à página 30 protesto do presidente do Paysandu pelo ocorrido), onde venceu o Guarany-CE por 2 a 1, foi mais um fator de motivação para o time. Quem atesta é o zagueiro Thiago Costa, que considerou o episódio como um exemplo das armadilhas que a Série C oferece aos participantes. O jogador elogiou a disposição e união do time e considera que esta equipe tem tudo para devolver o Paysandu à Série B do Brasileirão.
O Paysandu teve que se hospedar a 18 km de Sobral, onde aconteceu o jogo entre os bicolores e o Guarany. Mas, o episódio que era para ser uma frustração foi convertido em motivação pelo grupo. Para o zagueiro Thiago Costa, este foi mais um fator determinante para que o Papão conseguisse confirmar a liderança isolada do Grupo A com mais uma vitória. "A dificuldade que tivemos até chegar a Sobral foi grande, mas isso só nos fortaleceu. Conversamos e acertamos que não estávamos ali à toa. Isso contribuiu para que a gente botasse na cabeça que não valeria a pena voltar de lá com uma derrota. Tivemos garra", disse Thiago.
A garra bicolor foi mostrada também, e principalmente, no segundo tempo de jogo, quando o time conseguiu inverter uma situação ruim - perdia por 1 a 0. "No intervalo conversamos e vimos que estávamos mal posicionados. Essa conversa nos ajudou a melhorar nossa organização em campo e conseguir virar o jogo", disse ele, que já está ansioso pelo próximo jogo, marcado para o Mangueirão e com promessa de casa cheia. "Com certeza a torcida vai encher o estádio e nos apoiar. Vamos trabalhar para garantir mais três pontos", adiantou.
Amazônia Jornal
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