Desde a semana anterior da partida contra o Águia de Marabá, que acabou empatada, Davino começou a ensaiar uma possível mudança no sistema de jogo. Naquele momento, ele treinou o time no tradicional 4-4-2, porém não gostou do que viu e entrou na partida contra os marabaenses no 3-5-2, sistema que vem adotando desde o início do torneio.
Com o acúmulo de três rodadas sem vitórias, Davino utilizou esta semana que antecedeu o confronto contra o Treze paraibano para experimentar outra formação, o 4-5-1. Desta vez, o sistema adotado agradou o treinador, além de amenizar o sério problema de criatividade, demostrado no meio campo durante as partidas contra Fortaleza (CE) e o Águia, já que o Alex William ganhou a forma física ideal para fazer sua estreia com a camisa bicolor.
Agora, os jogadores do Papão vão precisar ter nervos de aço, pois as declarações do volante Vanderson sobre o gostinho de pegar o Galo de Borborema, protagonista do imbróglio para o início da competição, não repercutiu bem em Campina Grande. Vanderson afirmou que desejava ver o adversário rebaixado. O clima promete ser hostil. Assim, nada melhor de que retornar à Belém com os três pontos na bagagem e provar ao torcedor que o grupo merecer a confiança e o apoio nesta Série C. É hora de vencer, Papão! E assim, relembrar, mesmo que timidamente, o grupo campeão dos campeões.
Roberval Davino resolve fortalecer o meio-campo
Para a partida contra o Treze (PB), Roberval Davino tira o Paysandu do 3-5-2 e utiliza no 4-5-1. A intensão do treinador alviazul é de povoar ainda mais o meio campo para que consiga ter a tão almejada posse de bola, além de criar melhores chances para o atacante bicolor.
Neste novo sistema, Davino pôs o zagueiro Pablo para fazer o lado esquerdo do time e remanejou o lateral Régis para a direita, posição de origem. Assim, Yago Pikachu avançou para a meia-direita, fechando com Alex William e Leandrinho uma linha que fica à frente dos dois volantes, Vanderson e Ricardo Capanema, e atrás do isolado Thiago Potiguar, ou Pantico, os jogadores do ataque.
Para que tudo funcione exemplarmente, tanto os jogadores de meio-campo quanto o de ataque, precisam estar afinados em suas movimentações e posicionamentos, afinal, neste tipo de sistema, o atacante precisa ser perfeito, pois deve ficar isolado em alguns momentos. Aliás, este tipo de formação não é tão utilizada no futebol brasileiro, então, a tendência é de que inicialmente Thiago Potiguar ou Pantico destoem um pouco, haja vista que estão acostumados a jogar com um companheiro ao lado.
Entretanto, Pantico acredita que se for entrar, mesmo sendo o único centroavante de ofício, a movimentação de seus companheiros, principalmente de Pikachu, pode auxiliar. Tudo para o Papão chegar com força ao gol do adversário. “Tem a chegada do Pikachu, do Alex e de outro jogador que chega pelo o outro lado. Então, o cara da frente tem o Pikachu como companheiro de ataque, tem mais ou dois outros meias que chegam para ser o terceiro e quarto homem de área. Vamos chegar sempre com quatro no ataque”, explica.
Treze mira 1ª vitória na competição
O Treze terá duas novidades para a partida de hoje. No último coletivo, realizado sexta-feira à tarde, no estádio Amigão, local da partida, o técnico Marcelo Vilar confirmou as entradas de Thiago Gasparetto na zaga e de Júlio César Zabotto no meio campo. Durante toda a semana, Gilmar deu entender que iria utilizá-los, apesar de a dupla ter se integrado recentemente ao
elenco.
Gasparetto vai substituir Bonfim, suspenso, enquanto Zabotto herda a vaga deixada por Júlio César, que foi vetado pelo departamento médico do clube. As alterações visam a primeira vitória do time no Campeonato Brasileiro e a saída da incomodada última colocação na tabela.
Mas, além das modificações, outro estímulo aos jogadores do Treze em busca do primeiro resultado positivo veio dos bastidores pré-jogo. Uma entrevista do bicolor Vanderson, que afirmou que “que deseja ver o time rebaixando” pelos transtornos causados na competição em função da briga judicial com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), causou mal-estar. Gil Baiano, gerente de futebol, já disse que repassou as palavras do volante paraense a todo o elenco com intuito de motivá-los ainda mais para uma vitória. “Foi uma situação que me deixou completamente indignado”, afirmou Gil.
Diário do Pará
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