Segundo o presidente Luiz Omar Pinheiro, antes de acertar tudo com o jogador o clube procurou a FPF (Federação Paraense de Futebol) para consultar a legalidade da contratação, o que foi confirmado pela entidade. No entanto, disse Pinheiro que ele teria sido alertado por um conhecido que a contratação não poderia ser feita. À tarde, depois do pedido de informações, a CBF enviou ofício à FPF vetando a inscrição dos jogadores em razão do artigo 5, parágrafo 3º, do regulamento sobre o Estatuto e as Transferências de Jogadores da FIFA, que permite três inscrições de um atleta, podendo, no entanto, atuar por apenas dois clubes. O ofício foi assinado pelo assessor jurídico da CBF, Valed Perry.
A reportagem tentou contato com representantes da FPF, mas não conseguiu. Segundo o presidente bicolor, a certeza no aproveitamento dos jogadores, que fez com que a diretoria tivesse gastos com viagens e hospedagem deles, baseava-se no artigo 49 do capítulo 5 do Regulamento Geral das competições, que diz: 'Um clube não poderia incluir em sua equipe um atleta que já tenha atuado por dois outros clubes, em quaisquer das séries do campeonato brasileiro, na mesma temporada, em consonância com determinação da Fifa'.
Marcelinho Paraíba começou o Brasileirão pelo Sport Recife-PE, na primeira divisão, e depois se transferiu para o Grêmio Barueri-SP, da Série B. Índio tem inscrições no Brasileiro da Série B no Vitória-BA e no América-RN, o que também o impossibilita de realizar uma terceira transferência para disputar competições nacionais.
'É muito fácil procurar culpado. Antes de trazer o jogador, nós procuramos a Federação (Paraense de Futebol) e tivemos o aval de uma das pessoas mais experientes sobre contratação e transferência. O regulamento é claro e fala em Campeonato Brasileiro e não em competição nacional, mas fomos surpreendidos por essa decisão', disse Pinheiro, tentando justificar a demora do clube a saber que os dois não poderiam ser contratados.
O presidente bicolor negou que a assinatura de contrato de Paraíba, enquanto supunha-se que era viável, demorou pela falta de recursos para bancar a pedida do meia. Afirmou que os valores especulados - R$ 60 mil por até sete jogos, um carro e o aluguel de um apartamento para residir em Belém - não condizem com a verdade, valor que preferiu não dizer qual era.
Mesmo com a sucessão de erros nessas malfadadas contratações, que poderia ter sido evitada com mais cuidado ao analisar a situação do jogador, o clube ainda vai à procura de mais reforços. Como para o jogo de amanhã não será possível, se chegarem mais jogadores será, ao menos, para as quatro rodadas finais.
Amazônia Jornal
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