A dois anos de completar 100 anos, o Paysandu é o clube mais vencedor do futebol do Norte. No entanto, o rol de 44 títulos estaduais, dois títulos nacionais da segunda divisão, o título da Copa Norte e o da Copa dos Campeões só ganhou corpo a partir do novo milênio. Em 2001, o Papão ostentava apenas uma Série B, a de 1991, e conquistas estaduais. Foi a partir da chegada do técnico Givanildo Oliveira, no segundo turno do Parazão de 2000, que a história bicolor deu uma guinada. Foi com ele à frente do elenco que o clube chegou às suas maiores glórias.
Em 26 de maio de 1991 o Paysandu conquistou seu primeiro título nacional, a Série B, sob o comando do técnico Joel Martins. Na partida de ida o Papão havia perdido por 1 a 0 pra o Guarani-SP, em Campinas (SP). O jogo de volta teve o Mangueirão, ainda "Bandola", totalmente lotado. O jogo foi complicado e somente aos 21 minutos do segundo tempo o time paraense conseguiu abrir o placar, num chute de fora da área do atacante Cacaio. Aos 36, depois de um cruzamento para a área, a bola sobrou para o centroavante Dadinho, impedido, completar para a rede. Depois de tanta reclamação, seis jogadores do Bugre foram expulsos e o juiz teve de encerrar a partida.
Em 2001 o pernambucano Givanildo Oliveira aproveitou o trabalho iniciado um ano antes e, com uma excelente base formada, conseguiu o título da Segundona daquele ano sem grandes problemas. Foram 34 jogos até o dia 22 de dezembro, quando Gino, Vandick (2) e Zé Augusto foram os artilheiros da goleada de 4 a 0 sobre o Avaí-SC, na Curuzu lotada, para o primeiro dos três grandes títulos da década passada.
No ano seguinte veio a Copa Norte, título que nenhum clube paraense havia conquistado até então. Mais uma vez a Curuzu lotada recebeu uma final. O Papão já tinha vencido o São Raimundo-AM em Manaus (AM) por 1 a 0, e em Belém goleou por 3 a 0, com dois gols do agora técnico Lecheva e um de Sandro.
No mesmo ano o Papão chegou à sua principal conquista, a Copa dos Campeões, desbancando equipes como Corinthians-SP, Bahia-BA, Palmeiras-SP e Cruzeiro-MG. No primeiro jogo final, a Raposa venceu o Papão em Belém por 2 a 1, em jogo que teve arbitragem de Edílson Pereira de Carvalho, que anos depois seria o principal pivô de um escândalo de venda de arbitragens. No jogo de volta, em Fortaleza (CE), o Paysandu conseguiu um heroico 4 a 3 (três de Vandick e um de Jóbson) e levou a decisão para os pênaltis.
O Cruzeiro começou as cobranças com Ricardinho, que acertou a trave. Em seguida, Jóbson converteu para o Papão. Vânder também bateu na trave e Vélber ampliou pra o time paraense. Depois, Jussiê cobrou para a defesa de Marcão. O lateral esquerdo Luís Fernando imortalizou-se na história do clube ao cobrar e converter a terceira penalidade e garantir o título ao Papão.
Amazônia Jornal
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