Victor Cunha e Vandick Lima disputam a presidência na primeira eleição direta da história do Paysandu

Hoje à noite será conhecido o novo presidente do Paysandu, dirigente que comandará o clube no biênio 2013/14, quando será comemorado o centenário bicolor. A eleição, que vai das 16 horas até 21 horas e conta com pouco mais de 1.100 sócios aptos a votar, será na sede social. A apuração começa logo após o fim da votação e até o final da noite o vencedor será anunciado. O vereador por Belém Victor Cunha, tendo Ambire Gluck Paul como candidato a vice, encabeça a Chapa "Centenário", representando a situação; enquanto o ex-jogador e também vereador Vandick Lima, que tem como vice Sérgio Serra, é o candidato oposicionista na Chapa "Novos Rumos".

O pleito bicolor de logo mais promete pelo menos uma polêmica. Na quarta-feira à noite o presidente da Assembleia Geral, Paulo Moraes, em entrevista coletiva na quarta-feira, afirmou que com o novo estatuto do clube, beneméritos e grandes beneméritos não estão mais isentos do pagamento de mensalidade e quem não está em dia não poderá votar. "Houve uma modificação no estatuto quanto à isenção dos Beneméritos e dos Grandes Beneméritos quanto às mensalidades sociais. Foi retirada essa isenção. Então, eles deixaram de ser isentos e têm que cumprir o mesmo do sócio proprietário. Alguns pagaram até o dia 16, outros não e esses não vão votar, quem diz isso não sou eu, está escrito no estatuto", explicou Moraes.

A maioria dos beneméritos e grandes beneméritos que estão impedidos de exercer o direito de voto é simpatizante da chapa "Novos Rumos", oposição da atual diretoria. De acordo com o advogado Clodomir Araújo, membro da chapa que tem como candidato para a presidência o ex-jogador Vandick Lima, foi enviado um requerimento a Paulo Moraes, para que a situação seja avaliada, já que, segundo Clodomir, os bicolores citados estão, sim, aptos para participarem da eleição.

"O estatuto foi registrado em outubro e o mês de novembro ainda não se encerrou, então esses beneméritos e grandes beneméritos não estão em débito com o Paysandu. Inclusive eles foram incluídos em uma lista inicial dos que poderiam votar, mas em seguida seus nomes foram retirados. Vamos aguardar a resposta do requerimento para que possamos tomar uma decisão". O advogado não descarta uma ação judicial para garantir o voto dos beneméritos. "Caso não haja uma decisão, vamos avaliar a possibilidade de uma medida judicial".

Ainda na quarta-feira, Moraes garantiu que providências serão tomadas para evitar qualquer tumulto na eleição. "Não acredito que haja algum embaraço. Se vier alguém para tumultuar vou tomar providências".

Segundo o benemérito e ex-presidente Ricardo Rezende, candidato à presidência da Assembleia Geral na chapa "Centenário", foi a própria oposição que incluiu no novo estatuto o artigo que exige a cobrança. "É claro que é um absurdo grandes beneméritos como Antônio Couceiro e Joaquim Ramos, entre outros, não votarem. Fomos contra esse artigo mas a oposição tomou essa iniciativa e conseguiu a aprovação, agora estão questionando. O certo seria poder pagar até a véspera da eleição."

Amazônia Jornal