“Futebol é isso. Clássico não tem favorito, eles fizeram um primeiro tempo até melhor do que a gente, mesmo que tenhamos as chances mais claras de gol. Nós pecamos nas finalizações, e no segundo tempo voltamos melhores. Num detalhe, a marcação não atentou para o jogador, que arriscou o chute e isso dificultou a reação”, disse o técnico Lecheva.
E de fato, o Remo conseguiu organizar melhor o posicionamento da equipe, o que lhe permitiu sair com mais contundência nos contra-ataques, mas a definição da partida veio através de um lance inusitado, uma falta de sorte, segundo os jogadores, difícil de engolir. “Diferente do segundo tempo, quando o Paysandu dominou o jogo, o primeiro foi horrível, até mais do que o primeiro tempo no jogo passado. Jogamos, empatamos, e infelizmente o jogador do Remo, que tinha acabado de entrar, fez o segundo. Não tem nada perdido, eles já perderam o turno passado e vamos olhar para a final”, acredita o goleiro Paulo Rafael.
Com as entradas de Rafael Oliveira e Alex Gaibu, o time ganhou uma qualidade notável no segundo tempo. “A gente lutou, brigou até o final, só que futebol é isso. A gente tentou, foi atrás do segundo gol e acabamos tomando um”, opina Djalma.
Goleiro, uma ingrata profissão
Ao lado do atacante Iarley, o goleiro Paulo Rafael foi uma das figuras mais controversas do clássico, sobretudo pela postura adotada em campo, com algumas saídas “no escuro”, e bola rasteira arriscada por Clébson, que deu o gol da vitória ao Remo. Não bastasse os lances duvidosos, Rafael ainda recebeu cartão amarelo e agora será desfalque na primeira partida da final.
“O torcedor bicolor está com raiva, mas aquele que me aplaudiu quando eu voltei é o mesmo que está me criticando agora. Então, eu sou o pior do mundo no momento, mas sei a minha responsabilidade com o Paysandu e vou sempre dar o meu melhor pelo grupo e pelo resultado”, retrucou após o jogo.
Entre os gols do adversário, Rafael admite que o segundo foi o mais difícil de entender, embora tenha consciência de que o erro não foi isolado. Mas nem por isso o camisa 1 quis dividir a responsabilidade e prefere seguir na linha de raciocínio de Lecheva. “Criticar agora não dá. Não posso falar dos companheiros, porque todo mundo correu, se dedicou, mas infelizmente acontece. Vamos refletir o que passou e pensar na final do paraense”.
Diário do Pará
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