Papão é condenado a pagar R$ 93 mil a ex-volante Sandro. LOP é absolvido

Juiz da 13ª vara do TRT manda Paysandu a pagar valor bem abaixo do R$ 1,5 milhão pedido. Ex-presidente não entra como devedor solidário

Luis Omar Pinheiro, ex-presidente do Paysandu
(Foto: Marcelo Seabra/O Liberal)

Longe dos gramados, o Paysandu conquistou, na manhã desta sexta-feira, uma importante vitória. Na 13ª vara da Justiça do Tribunal Regional do Trabalho, o clube foi condenado a pagar R$ 93.282,10 para o ex-volante Sandro, que tem diversas passagens pelo Papão na última década. O resultado da audiência é considerado uma vitória se levado em consideração o valor inicial pedido pelo ex-atleta, cerca de R$ 1,5 milhão.

Além disso, o juiz Jorge Antônio Ramos isentou o ex-presidente Luis Omar Pinheiro de ter que pagar parte da dívida como devedor solidário, como estava no processo movido por Sandro, e, por isso, não terá que pagar nada ao ídolo bicolor.

O resultado do julgamento foi comemorado por Luis Omar Pinheiro. O ex-presidente ficou a frente do clube de 2007 até o final de 2012, sendo responsável pelo retorno de Sandro ao Paysandu em 2010, após temporadas no Grêmio e no Sport. LOP afirma que, acima de tudo, é uma vitória do Paysandu.

– Estou muito feliz. É uma vitória do Paysandu e eu comemoro seja em campo, na água ou nos tribunais. Junto com o resultado do julgamento do Thiago Potiguar, que pediu R$ 450 mil e o clube terá que pagar apenas R$ 45 mil, mostra que o trabalho da minha gestão na área jurídica e trabalhista foi bem feito, deixando tudo organizado para a atual gestão. É uma grande vitória – comemorou.

O ex-mandatário bicolor ainda explicou o motivo da grande disparidade entre o valor que foi pedido por Sandro e o que o Paysandu foi condenado a pagar.

– Desse R$ 1,5 milhão que ele pediu, R$ 750 mil era só de danos morais, que ele alegava que o Paysandu o responsabilizou pela derrota para o Salgueiro. Isso não existe, mesmo porque ele voltou ao clube no ano seguinte. O restante era referente a salários atrasados, férias, 13º, e ficou provado que o Paysandu havia pagado a maior parte disso – explicou Luis Omar.

Última passagem de Sandro no Paysandu foi em 2011 (Foto: Marcelo Seabra/O Liberal)

Sobre o processo de devedor solidário, LOP explicou que existem critérios para que seja necessário um presidente assumir uma dívida do clube, mas que ele não se encaixava em nenhum.
– Existem três casos para que o presidente tivesse que assumir uma dívida do clube como devedor solidário: gestão temerária, usar dinheiro do clube em benefício próprio e o clube não ter receita para pagar a dívida, ou seja, não me enquadro em nenhum desses quadros – afirmou.

GE