Paysandu e Rio Branco promovem hoje (17) o primeiro duelo do grupo A da terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Ao time paraense, que já brilhou na elite do futebol até 2005 e para o time do Acre, que conseguiu disputar a Série B por três anos (89 a 91), a competição atual não é motivo de orgulho, pelo contrário, é vista como um verdadeiro ‘inferno’ na terra da bola. E para fugir rumo ao ‘purgatório’, a Segunda Divisão, e se livrar de vez dos ‘pecados mortais’ cometidos nas outras edições, as duas agremiações lutam com os recursos que têm para trilhar um caminho que leve ao ‘paraíso’.
De olho na ‘purificação’, o que se observa é que, em comparação aos anos anteriores, os dois clubes conseguiram formar times mais fortes para tentar o acesso. Nesse processo de preparação, o Rio Branco ostenta no ataque Valdir Papel e o artilheiro do seu regional, Juliano César, enquanto o Papão foi condenado a perder o goleador do Paraense, Moisés, para essa partida, além da baixa de Marcelo Ramos, o anjo que caiu da nuvem azul celeste e agora arde na chama da ira bicolor. Mesmo assim, o alviazul aposta no ‘querubim’ Thiago Potiguar, que fez a diferença no meio-campo do Estadual e vai mostrar seu poder na frente, acompanhado de Bruno Rangel.
A conturbada pré-estreia do Papão pode até servir para motivar os comandados de Tarcísio Pugliesi, que vestiu a alcunha de seu time e ‘estrelou’, sem conversar com a imprensa e fazendo mistério quanto à escalação. Mas, do lado de cá, Charles Guerreiro segue sem segredos e confia na base campeã do Parazão. A única certeza é que o ‘purgatório’ fica logo ali, e, por sinal, o paraíso também. É só rezar... e jogar, é claro!
Agora é só torcer pra dar certo
Depois de todos os percalços, coisa que já virou rotina no Paysandu, o técnico Charles Guerreiro respira aliviado com a participação do meia Vaninho, opção para o banco, e de Thiago Potiguar no exercício de ontem, realizado na Curuzu, e está praticamente fechado com a equipe que pretende entrar em campo logo mais, diante do Rio Branco.
Por ironia do destino, de todos os reforços trazidos na pré-temporada apenas um deve jogar desde o início: Bosco. O motivo é a falta de preparo físico dos novatos que estavam sem jogar há algum tempo e, no caso de Neto Potiguar, o impedimento pela transferência internacional, ainda aguardada. No mais, o treinador aposta em jogadores que já estavam no plantel.
Agora é aguardar para conferir o desempenho do conjunto, em especial nas alas, com Bosco na direita e Zeziel na esquerda, além da dupla de ataque Thiago Potiguar e Bruno Rangel. Guerreiro diz ser essa a formação ideal e dá a receita para o grupo sair vitorioso. “Se colocar a pegada dentro de campo, adiantar a marcação e jogar como a gente vem jogando, com certeza vamos ter um bom resultado”.
Bosco: Jogo simples e apoio da torcida são fundamentais
O estreante do dia, Bosco, ainda não conhece a Fiel bicolor, o único jogo que fez pelo Paysandu, o amistoso de Vigia, no último sábado, foi apenas um teste. Mas, segundo o atleta, a pressão da torcida na Curuzu, ainda uma ilustre desconhecida para ele, vai servir para mostrar que é capaz. E garante: vai passar confiança e jogar simples.
“O jogador tem que ter tranquilidade e confiança de saber que está vestindo a camisa do Paysandu por ter qualidade e levar isso para dentro de campo. Quando o torcedor e todos que estiverem fora do gramado sentirem que o jogador está leve e confiante, eles também vão sentir isso”, explica.
Bosco diz que o caminho da vitória é jogar com simplicidade. “Não aceito errar muitos passes. Prefiro jogar simples e chegar ao ataque acertando sempre”, ressalta. O ala exalta a pressão da Curuzu, local onde os bicolores não perdem desde 18 de maio de 2008, para conter o Estrelão. “Aqui como é um caldeirão e a torcida joga junto, a gente tem que colocar isso dentro das quatro linhas”, recomenda.
(Diário do Pará)
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