Luis Omar: 'o Paysandu não depende do Moisés'

Jogador agora irá realizar treinamentos longe do elenco do Paysandu

De uma hora para outra, a situação de Moisés no Paysandu mudou da “água para o vinho”. Conhecido na Curuzu como “salvador” pelas partidas sempre importantes que fez pelo clube, agora a revelação bicolor sofre constantes críticas de boa parte da torcida alviazul, pela ação que entrou na justiça pedindo a sua liberação do Papão. O presidente Luis Omar Pinheiro disse estar bastante “desapontado” com o atleta e, a partir de agora, Moisés terá o horário das 15h às 16h para realizar treinamentos no Leônidas Castro.

A relação de Moisés com o Paysandu passará a ser diferente. O técnico Charles Guerreiro já teria pedido para a diretoria do clube que deixasse o jogador realizar treinos físicos a parte do restante do elenco, até que resolvesse a sua situação. De imediato, já se sabe que Moisés não deve continuar no bicolor paraense para o restante da Série C. Não há mais clima. O interesse do jovem em vestir a camisa do Santos (SP) é notório.

Luis Omar Pinheiro ainda não acredita nos rumos que a situação foi tomar. Com o Papão vivendo um bom momento dentro de campo com sete pontos em três jogos na Terceirona, fora dele as coisas precisam se ajeitar. “Só depois do jogo contra o Fortaleza (CE) é que fui ver os absurdos dessa ação, as coisas que foram ditas contra o Paysandu, que se sente uma instituição lesada com tudo isso”, disse.

O mandatário explicou que “foi pego de surpresa” com a ação do jogador. Segundo Pinheiro, o clube antecipou R$25 mil reais de salários para que Moisés desse o valor como lance para a compra de um apartamento. “Tiramos o Moisés da ‘lama’, demos dignidade para ele. Pagamos um dos salários mais altos do clube ao atleta, que de uma hora para outra faz isso conosco”, falou.

Dessa forma, Moisés deve mesmo ser emprestado para o clube paulista ou até mesmo para o Paraná (PR), que também teria feito uma proposta ao Paysandu. “Se ele quer ir, então que vá. O Paysandu tem 96 anos e não depende do Moisés. Acredito no futebol desse rapaz, e queria que ele entendesse que pode estar dando um fim precoce na sua carreira. Vencemos três jogos sem ele na Série C, podemos vencer outros”, declarou o mandatário máximo do futebol bicolor.

Diário do Pará