O atacante Heliton, de 21 anos, chegou meio acanhado para a primeira entrevista como jogador do Paysandu. Negociado junto ao Remo na última-quinta, ontem ele se apresentou na Curuzu e treinou pela primeira vez com os companheiros. Já inscrito na CBF e em forma, o jogador pode ser utilizado pelo técnico Charles Guerreiro quando este assim quiser. Com o uniforme de treino do novo clube, ele aprovou a chegada. "Ficou legal, né? É diferente por causa do tempo que passei lá, mas isso é passado e estou em uma nova fase da minha vida. Espero poder ajudar o Paysandu a conquistar títulos", disse Héliton.
Considerado a maior revelação do Clube do Remo nos últimos anos, o atacante chega para suprir uma lacuna deixada pela saída de Moisés da Curuzu. Mesmo sendo um velocista e com boa finalização, ele rejeitou qualquer comparação com o agora atacante do Santos-SP. "O Moisés foi muito bem e agora está em um grande clube, fiquei feliz por ele. Mas nós temos características diferentes. Eu espero corresponder na minha."
A primeira impressão, segundo ele, foi a melhor possível com os novos companheiros, não só com os velhos conhecidos da base azulina. "A recepção foi bem melhor do que esperava. Tem o Edinaldo, o Jaldo (Da Silva) e o Romeu, desses eu já esperava. Mas os jogadores daqui do elenco me receberam muito bem, todos me deram as boas vindas. Só tenho a agradecer. Eu conhecia o Sandro, o Zé (Augusto), mas quase nenhum dos outros. Isso faz parte da carreira do jogador, trocar de clube".
A recepção da torcida também sido surpreendente para ele. "Alguns me pararam na rua, me desejando boa sorte. Os bicolores me falam muito da torcida e espero poder comprovar o quanto antes. Quero corresponder esse carinho que estou tendo. Fico feliz pelo reconhecimento dos torcedores. Mas, como falei, eu tenho que trabalhar forte para que esse sentimento seja mantido. Não acredito que a cobrança seja maior por ter vindo do rival. Ela sempre vai existir porque é um clube de massa."
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