Delegação do Paysandu parte para Fortaleza, onde treina antes de encarar o Salgueiro, em Pernambuco
A delegação do Paysandu deixou Belém às 19 horas de ontem rumo aos cinco dias em que permanecerá em treinamento em Fortaleza (CE). Da capital cearense, os bicolores viajam a Salgueiro (PE) na sexta-feira para, no dia seguinte, encararem o Carcará do Sertão na primeira partida das quartas de finais da Série C do Campeonato Brasileiro, fase que já decide as quatro vagas para a Segunda Divisão de 2011.
Depois de algumas polêmicas quanto ao período de concentração fora de casa, o técnico Charles Guerreiro resolveu dar um ponto a qualquer tipo de reclamação. Ele deixou claro que esse tempo apenas treinando e descansando pode ser decisivo para a classificação bicolor para a Série B. "É muito importante. Se formos analisar as duas últimas conquistas do Paysandu, no Campeonato Paraense. Foi quando teve uma intertemporada, com o (Édson) Gaúcho e comigo. Essa concentração é fundamental e toda equipe grande faz isso, e o Paysandu é grande. Foi de comum acordo entre presidência e comissão técnica e vai ser muito frutífera", explicou Guerreiro.
O treinador lembrou, inclusive, dos tempos de jogador para referendar a decisão conjunta da diretoria com a comissão técnica. "Em 1992 foi assim. Terminamos a primeira fase com uma série de resultados ruins e decidimos nos fechar numa concentração. Melhoramos e no fim fomos campeões brasileiros". A lembrança é referente à decisão entre Flamengo-RJ e Botafogo-RJ, quando o título nacional ficou com o Mengão. Guerreiro era o lateral direito daquela equipe.
"Vamos treinar num hotel que tem toda a estrutura, com campo, academia e a praia ao lado para treinos físicos. Somente o coletivo de quinta-feira é que deve ser feito no estádio do Fortaleza-CE. Está tudo esquematizado", continuou Guerreiro. Como a delegação contou com apenas 19 jogadores, o Fortaleza deve ceder alguns atletas da base para completar o treinamento.
Ao final, o técnico lembrou que a ida do Papão para a Série B não afeta apenas o clube e a torcida, mas a todos que têm as vidas afetadas pelo futebol. "Se o Paysandu subir é bom para todo mundo, não só o clube. Na Série B será um campeonato diferente, com mais estrutura e com o fim desse inferno astral. Lembro quando fui para o Fluminense, na terceira divisão, o Parreira chamou toda a imprensa e numa conversa todos se fecharam e depois o time subiu de divisão. Depois que subirmos, podem meter o pau."
Amazônia Jornal
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