Com a renúncia de César Neves ao cargo de presidente da Assembleia Geral do Paysandu, atitude tomada depois de pedidos tanto da Unimed Pará quando da Diretoria do Círio de Nazaré - entidades que dirige -, o primeiro secretário da AG, Sérgio Chermont, assumiu ontem e já deixou claro: se as duas chapas não se entenderem, a eleição da semana que vem pode estar comprometida. Ontem de manhã, ele se reuniu com dois representantes das chapas, Toninho Assef, pela situação e Clodomir Araújo Filho, pela oposição, para tratar do assunto.
"É lamentável que o Paysandu passe por esse momento, ainda mais com o César Neves. Responsável aqui pelo maior plano de saúde do Brasil e pelo nosso Círio de Nazaré. Eu não estou nem um pouco preocupado com essa missão. Para mim é uma honra, mas infelizmente em toda eleição tem essas coisas. O Paysandu é uma nação e, às vezes, as paixões extrapolam", disse Chermont.
Na conversa, ele deixou claro que o entendimento é para que não haja possíveis recursos judiciais após o pleito. A ideia de Chermont é a criação de um documento assinado pelos dois lados em que eles se comprometem a respeitar o resultado da votação. Hoje, deve se dar outro encontro para saber do posicionamento de ambos os lados.
"Vamos nos reunir com os candidatos a Condel e Codir, os respectivos advogados e que haja um entendimento para que a eleição seja validada. Tudo para que segunda-feira tudo corra bem e seja eleito um novo comandante. Somos todos bicolores e essa briga não pode durar. Espero que os ânimos serenem e que as pessoas estejam menos estressadas", confirmou Chermont.
Um dos nervos expostos na eleição é, atualmente, a divulgação dos sócios aptos a votar. Como o pleito é regido pelo antigo estatuto de 1986, a diretoria só tem obrigação de divulgar a lista 24 horas antes da votação e, por enquanto, não houve aceno de que será diferente. Na tentativa de entendimento, esse passa a ser um dos pontos cruciais. Em tempo, esse ano a eleição será numa segunda-feira, 29.
Na segunda-feira, em seu prometido último pronunciamento sobre o processo eleitoral, o presidente Luiz Omar Pinheiro comentou sobre a não divulgação dessa lista em anos anteriores. "A última eleição no Paysandu foi em 2000. De lá para cá, todos os presidentes foram aclamados. Quem fazia isso eram eles, que eram a situação na época. Foi por isso que tivemos essa preocupação de mudar isso no estatuto em 2008."
Amazônia Jornal
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